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Puma Rodríguez revela que quase foi jogar no Real Madrid

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Jogador do Vasco e da seleção do Uruguai, Puma Rodríguez concedeu entrevista ao UOL pouco depois de ser eleito o melhor lateral-direito do Campeonato Carioca de 2023. No bate-papo, revelou que quase se transferiu para o Real Madrid, em 2017.

“Eu tive [proposta] depois do Mundial sub-20. Estive a uma semana de ir, mas não consegui passaporte comunitário, então foi um golpe duro, mas tive de continuar trabalhando e seguir adiante”. Puma Rodríguez

Na ocasião, Pumita ainda era jogador do Danúbio, do Uruguai, e foi um dos destaques na campanha da seleção celeste que ficou em quarto lugar no Mundial sub-20 de 2017.

Sem mágoas com ex-técnico do Uruguai

Puma Rodríguez acredita que o Uruguai teve ‘má sorte’ na Copa do Mundo do Qatar e a eliminação precoce, na fase de grupos, teve outras influências.

“Creio que tivemos um pouco de má sorte, não mostramos o que estávamos acostumados e o que fizemos nas Eliminatórias, mas podíamos estar classificados. Um erro de arbitragem, uma partida, um outro resultado que não saiu e nos deixou fora. Mas bem, tínhamos muitas expectativas pelo que tem o plantel”.

Puma esteve com o elenco uruguaio, mas não entrou em campo. Ele foi reserva de Varela, do Flamengo. O lateral, porém, garantiu que não guarda mágoas do ex-treinador da seleção, Diego Alonso:

“Não. Isso é uma decisão do treinador, o que acha melhor para a equipe. Também sou agradecido, porque foi ele quem me convocou ao Mundial, e na hora tem de decidir”.


Puma, no entanto, atuou nos dois amistosos pós-Copa do Uruguai.

“Aqui no Brasil é um nível muito competitivo, tem uma atenção da seleção. Então, acho que se seguir ganhando minutos, jogando, posso permanecer sendo convocado”, disse.

Orgulhoso por prêmio de melhor lateral-direito do Carioca

“Um orgulho tremendo. Muito feliz. A equipe não alcançou a final, mas creio que fizemos um bom Carioca e isso ajudou a estar na seleção. É agradecer ao clube, ao corpo técnico a confiança, e aos companheiros”.

Amizade com Arrascaeta e Varela, do Fla

Quando estava chegando ao Rio, eles estiveram 100% comigo. Creio que é muito bom para o futebol uruguaio neste sentido, acrescenta muito. Agradecê-los porque abriram a porta de suas casas quando cheguei. Agora, com o calendário, não nos juntamos muito, mas nos falamos bastante” Puma Rodríguez

Confira outros tópicos da exclusiva de Puma ao UOL

Suárez no Grêmio

“Quando ele chegou, não tinha dúvidas de que ia jogar muito bem, fazer muitos gols. É um jogador extraordinário. Não só como jogador, mas como pessoa, que é o principal, muito humilde. Me ajudou muito no Nacional”.

Relação com os estrangeiros do Vasco

“A gente está sempre junto, falamos entre nós. Orellano não conhecia, mas tínhamos nos enfrentado na Libertadores. Matías [Galarza] e Capasso não conhecia, mas vim conhecer aqui. Matías é o que fala mais português, então, nos traduz um pouco”.

Timidez de Orellano

Ele é um pouco mais tímido. É sua primeira experiencia fora do país, isso joga um pouco contra, mas aos poucos ele vai se adaptando. Somos já três estrangeiros ao lado dele e vamos tentar ajudá-lo para acelerar a adaptação dele.

Relação com os brasileiros do elenco

“Muito boa. A verdade é que tenho que estar muito agradecido, pois desde o primeiro momento que cheguei, todos me receberam bem. Tanto os funcionários como os companheiros. E isso é bom, bom para a união do grupo e para o que vem mais adiante”.

Não deu certo no Racing

“Cheguei no Racing num momento não tão bom da minha carreira, que obviamente são coisas que um jogador pode passar, então não durei tantos minutos [fez uma partida apenas]. Tinha um ano de contrato [de empréstimo], mas quis sair porque tinha poucos minutos, então foi melhor”.

Diferenças entre futebol brasileiro, uruguaio e argentino

“O estilo de jogo é diferente, e também depende muito da ideia do treinador. No futebol uruguaio acho que é um pouco mais friccionado, há mais faltas. Aqui se circula mais, há mais qualidade técnica, e na Argentina é um jogo mais dinâmico”.

Patrocínio da Puma tem relação com apelido?

“Não teve relação com o apelido. Começou quando eu fui para a seleção [que é patrocinada pela Puma], então a Puma me contratou e teve essa coincidência [risos]”.

Nega que nome Puma na camisa do Vasco seja marketing

“Não, foi porque as pessoas na internet já me chamavam de Puma, então preferi deixar só Puma”.

Trabalho de Mauricio Barbieri

“A verdade é que é muito bom. O trabalho que realizamos no dia a dia é muito intenso. Se trabalha muito a saída de bola, o sistema defensivo… A verdade é que é totalmente completo. Não há nada o que recriminar. Ele pede que nós, laterais, cheguemos muito no ataque, e isso para nós, para mim em particular, é muito importante. Ter a liberdade de subir, de atacar, tanto por fora quanto por dentro. É muito bom”.

Disputa com Paulo Henrique

“Ele chegou para ajudar a equipe, para me ajudar, e eu vou ajudar ele também. E isso vai ajudar o Vasco, porque é uma competição insana, tem que criar uma competitividade para não ficar tranquilo. Tem que brigar pela posição, senão terá alguém para ocupá-la”.

Eliminação na Copa do Brasil

“Para nós, foi um golpe duríssimo. Tínhamos muitas expectativas. Sabíamos que teríamos de pensar passo a passo. Atacamos muito, mas tivemos uma má sorte nos pênaltis. Obviamente, isso vai gerar desconfiança na torcida, que pensa que estamos mal, mas peço que confiem, porque na verdade estamos muito bem, trabalhando muito para fazer um bom Brasileiro. Creio que temos uma equipe muito boa”.

Carinho dos torcedores do Vasco

“Estou muito agradecido pela torcida por isso. Desde o primeiro momento que saiu que eu poderia vir para o Vasco, já comecei a receber mensagens me apoiando. Depois, quando cheguei, me mandaram apoio a cada jogo. É algo que depois, para o campo, se transforma em algo positivo”.

Fonte: UOL