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Ex-Vasco, Muriqui se aposenta e vira investidor da SAF do Rio Branco-ES

O ex-jogador Muriqui é mais um investidor da SAF do Rio Branco-ES. Aposentado dos gramados há uma temporada, o novo empresário conheceu o CEO Renato Antunes, que formalizou o convite em novembro de 2024, pouco após a final da Copa Espírito Santo Sub-20.

Luiz Guilherme da Conceição Silva atuou como jogador profissional por 20 anos. Revelado pelo Madureira, com passagens marcantes por Vasco, Atlético-MG e futebol chinês, Muriqui chegou ao Joinville em 2024, clube que seria o último da carreira, em fevereiro de 2024.

Após se aposentar, o ex-atacante decidiu tomar um novo rumo para a vida, mas no mesmo cenário de seu antigo ‘ganha-pão’: empresário de jogadores de futebol. Foi assim que, de contato em contato, conheceu Renato Antunes, o CEO da SAF do Rio Branco-ES, que o convidou para investir no clube.

– Quando eu terminei a minha carreira, decidi que ficaria um tempo parado para pensar. Quatro meses depois, comecei a empresariar alguns atletas. O primeiro contato com o Renato Antunes foi para me apresentar como empresário de jogador de futebol. Trocamos ideias sobre futebol e investimentos, e ele me apresentou o Guilherme Lobo (diretor de futebol). Na época, as conversas eram somente para negociar atletas. Vim ao estado pela primeira vez na final da Copa ES Sub-20, e retornei para Florianópolis. Logo em seguida, recebi o convite para me tornar investidor – disse Muriqui ao ge.globo.

Recém-chegado ao projeto do Rio Branco-ES, Muriqui se motiva com o crescimento e potencial financeiro do futebol capixaba. Além do Capa-Preta, atual bicampeão estadual, o Porto Vitória tem colhido frutos em modelo semelhante aos adotados pelo clube, que também tem a sombra da Desportiva Ferroviária, arquirrival que se estrutura para seguir o caminho da SAF. É nesse cenário que o ex-atacante chega e sonha em ajudar o Brancão rumo aos níveis mais altos do futebol brasileiro.

– Eu vejo um futuro muito promissor no futebol do Espírito Santo. Tenho acompanhado muito o futebol capixaba, vejo todos os jogos do Rio Branco e também outras equipes para me inserir no contexto. O clube está em uma crescente, bicampeão estadual, disputando competições nacionais e com chances reais de buscar algo maior. Estou bem confiante com o futuro do futebol capixaba, que também tem a estruturação das outras equipes, que é bom para nós, pois nos tira da zona de conforto. Vejo um futuro com um campeonato melhor, mais visibilidade, organização e patrocínios – opinou ao ge.globo.

Jogador, empresário e futuro proprietário?

Foram mais de duas décadas vivendo como atleta de futebol. Mesmo assim, o esporte não sai dos pensamentos de Muriqui. De atleta a empresário, o ex-atacante quer se tornar proprietário de um clube, futuramente. As vivências, desde as categorias de base, moldam os planejamentos empresariais para a formação de novos jogadores.

– Eu tenho objetivo de ser proprietário de um clube. Não é algo simples, mas estou estudando para isso. Ainda preciso me aperfeiçoar, analisar os mercados, é algo muito embrionário, mas num futuro próximo é um dos meus objetivos: ser proprietário de um clube formador que também trabalha com o profissional – revelou Muriqui ao ge.globo.

Em nova fase, o jogador entende que a experiência obtida dentro do futebol ajuda na vivência atual como empresário. Porém, a nova carreira não é completamente um fato novo na vida de Muriqui. Pouco antes da aposentadoria, o então atleta já se responsabilizava com seus próprios contratos.

– O fato de ter jogado futebol por 20 anos me auxilia na tomada de algumas decisões. Eu passo a ter um pouco mais de controle das minhas ações. Eu vivi aquilo que acontece em campo, então sei o que faz parte do processo do atleta, e sempre passo isso para o clube. O futebol exige muitas situações em que você precisa ter calma, ponderação, evitar acelerar decisões, pois é um esporte que prega surpresas. Além disso, eu estou me especializando na área da gestão. Já no fim da minha carreira, eu mesmo negociava e fechava os contratos, o que me ajudou muito – concluiu ao ge.globo.

SAF do Rio Branco possui cerca de 50 sócios-investidores

Com o modelo de SAF (Sociedade Anônima do Futebol) constituído desde o início de 2024, o Rio Branco possui cerca de 50 sócios-investidores, em grupo formado, principalmente, por empresários capixabas.

Em dois anos de SAF, o Rio Branco multiplicou por 20 o investimento no futebol, conquistando o bicampeonato capixaba após 42 anos. Fora das quatro linhas, destaque também para o crescimento da média de público em 10 vezes, da receita em 700% e da venda de camisas oficiais em 225%.

Fonte: ge 

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