Em manifestação, Fla e Flu disseram que o Vasco “sequer teria capacidade de levar público mínimo de 22 mil pagantes”

Um dos vários argumentos de Flamengo e Fluminense na briga pelo Maracanã na Justiça, que esquentou nos últimos dias com troca de farpas e movimentações nos processos, é de que o Vasco não seria capaz de mandar jogos para 22 mil pagantes, que é o público mínimo para que as partidas no estádio não causem prejuízo, de acordo com relatórios recentes do Governo do Rio de Janeiro.

“Mesmo enaltecendo a apaixonada torcida vascaína, o fato é que o VASCO DA GAMA sequer teria capacidade de levar ao COMPLEXO MARACANÃ o público mínimo de 22.000 (vinte e dois mil) torcedores pagantes ‘para se atingir o break even point da operação de uma partida’ – consoante advertência do ESTADO DO RIO DE JANEIRO”, é o que diz um trecho da manifestação da dupla Fla-Flu juntada na segunda-feira.

Nesta terça, Flamengo e Fluminense assinaram a renovação da cessão temporária por mais 180 dias. O Vasco tinha interesse em participar da gestão.

No empate entre Vasco e Palmeiras, o público pagante foi de 56.451 pessoas, mais que o dobro da exigência para que os jogos gerem lucro apontada no relatório. A média nos últimos nove jogos que o Vasco mandou no Maracanã é de 44.987 pagantes.

A última vez que o Vasco atuou no estádio para menos de 22 mil pagantes foi há quatro anos, num jogo contra o Bangu pelo Campeonato Carioca em que 18.435 comparam ingresso. Isso aconteceu ao todo 17 vezes nos 45 jogos do clube como mandante no novo Maracanã.

O pior público do Vasco no Maracanã desde as reformas para a Copa do Mundo foi em 2015, quando empatou com o São Paulo no jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil: 6.237 presentes (o time havia perdido na ida por 3 a 0 e foi a campo com os reservas para priorizar a briga contra o rebaixamento no Brasileirão).

Já o recorde de público se deu no empate em 1 a 1 com a Chapecoense, pelo Brasileirão 2019: 67.395 foram ao Maracanã naquele jogo.