Barbieri critica árbitro após derrota e mira evolução do Vasco: “É preciso tempo”
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O Vasco sofreu nesta segunda-feira, em Cariacica, sua primeira derrota no Campeonato Carioca. Foi a segunda partida sob o comando do técnico Maurício Barbieri, que estava em pré-temporada nos Estados Unidos junto com o elenco principal durante as duas primeiras rodadas. O treinador projetou a evolução da equipe, mas voltou a dizer que precisa de tempo.
Ao fim da coletiva de imprensa, Barbieri pediu para fazer um comentário sobre a atuação do árbitro Thiago Ramos Marques, que, segundo ele, foi muito mal na partida.
– Gostaria de levantar uma bola aqui. Conversei muito com as pessoas que estiveram na partida. Acho que a Ferj tem feito um esforço grande, no sentindo de valorizar o campeonato. Colocar um limite de jogos em que a equipe pode, supostamente, entrar com o time reserva. Agora, ela precisa entender, no meu ponto de vista, que precisa fazer esse trabalho 100%. A partir do momento que ela coloca um árbitro inexperiente, que poderia ter mudado a história do jogo dando o segundo cartão e aplicando o vermelho… – comentou ele.
– Não estou tentando atribuir o resultado a isso, porque poderíamos ter perdido até com um a mais. Agora por que as equipes não têm o direito de escolher quem joga e a Ferj pode escolher um árbitro que não é o titular dela? Quantos jogos isso tem que acontecer? – acrescentou o treinador.
“Esse cidadão que apitou hoje estava nervoso, inverteu, estava confuso. Ele só tem três jogos de série A do Carioca. Qual é o critério? Espero que, da mesma maneira que ela espera que os clubes valorizem o campeonato, que ela valorize também”, concluiu.
Maurício Barbieri, Vasco x Volta Redonda — Foto: Daniel Ramalho / CRVG
Sobre a atuação do Vasco, Barbieri acredita que a equipe precisa “melhorar a eficiência” e citou os aproximadamente R$ 100 milhões investidos pelo clube em contratações até aqui.
“Acho que a questão do investimento é importante de ser ressaltada, vocês têm feito isso sempre, mas acho que é mais do que isso. Só dinheiro não forma equipe campeã, é preciso tempo…”.
– É preciso trabalho, é preciso ajustar, porque muitas vezes você tem que refazer o planejamento. A gente sai atrás dos principais adversários porque a maioria tem elencos formados. A cada ano vão acrescentando dois ou três, mas mantém a base. Com a chegada da SAF, a gente tem uma mudança abrupta porque está começando agora. Eu entendo a expectativa do torcedor, também é a nossa. Queremos que aconteça o mais rápido possível. Mas é preciso discernimento e sabedoria para entender que vai levar tempo.
Maurício Barbieri também explicou as escolhas na hora de escalar a equipe e sobre as substituições, duas delas ainda antes do intervalo (Miranda no lugar de Robson Bambu e Erick Marcus no lugar de Zé Gabriel).
– Nunca consegui repetir a mesma formação. É uma dificuldade. A gente está tentando buscar, solucionar. Temos tido o cuidado de não perder alguém por uma lesão grave, como foi o caso do Nenê hoje. O Robson também foi nesse sentido, ele sentiu um incômodo na perna. O Orellano também. Estamos ainda nesse processo. Não vamos abrir mão da identidade que queremos para essa equipe. Uma equipe intensa, que busca gol. A gente fez isso, mas temos detalhes a ajustar – disse.
– O Figueiredo é um dos jogadores que eu tenho trabalhado, desde a minha chegada, com a possibilidade dele atuar como volante. Acho que ele tem todas as características para exercer a função que a gente quer. Comigo ele já teve dois gols como volante. Teve algumas atuações como extremo. A ideia era porque o Jair vinha com uma virose, queríamos usar ele para reforçar esse meio-campo. Com a saída do Robson, até respondendo se forem me perguntar sobre o Zé, o que aconteceu foi que o Robson saiu faltando dois ou três minutos. Se eu faço só uma troca, ia perder uma parada. Aproveitei, já que ia fazer no intervalo, e coloquei o Erick. Ele entrou bem, é um garoto que entra nesse processo de formação do elenco e desenvolvimento desses jogadores. Temos a chegada do Erick, o Pec atuando em um outro nível. A saída dele foi por cansaço. Achei que ele estava cansado e o que o Vinicius poderia ajudar com mais vigor físico – finalizou.
Vindo de uma sequência de dois empates, uma vitória e agora uma derrota, o Vasco ocupa a sexta posição, com cinco pontos. Já o Volta Redonda, disputa o topo da tabela com Flamengo e Fluminense. A equipe está na vice-liderança, com 10 pontos, empatado em pontuação com o Fluminense e com um a menos que o Rubro-Negro.
Jogando em casa no São Januário, o Vasco volta a campo contra o Resende na quinta-feira (2), às 19h, pela sexta rodada do Campeonato Carioca. Já o Volta Redonda, recebe o Fluminense no mesmo dia, às 21h10, no Raulino de Oliveira, na disputa pelo topo da tabela.
Veja outros pontos da coletiva de Maurício Barbieri:
Alex Teixeira
– A situação do Alex não é um teste. Embora ele tenha iniciado a carreira como um jogador de velocidade pelo lado, nos últimos anos ele já vinha atuando mais centralizado. É um jogador de uma técnica muito boa, de facilidade para fazer gols. É um jogador que ainda vem adquirindo a melhor forma. Até por isso ele não fez os 90 minutos. Vocês vão se lembrar que a gente teve um cuidado com ele nesse processo inicial, de colocá-lo um pouquinho depois.
Atuação da equipe
– Não podemos esquecer que tinha um adversário que também cria dificuldades. Eles se fecharam bastante, fizeram muitas vezes uma linha de seis, sete jogadores. E deram mais esse espaço por fora. A gente cometeu erros, são normais. É um início de trabalho, eu tenho batido nessa tecla. A gente recebeu um número grande de novos jogadores, teve saída de jogadores. Acho que o clube tem se manifestado bastante nesse respeito. Estamos em processo de formação de elenco. O que eu não posso reprovar é a atitude, a disposição de buscar o resultado até o final. Tivemos oito oportunidades de gol. Temos que melhorar essa eficiência.
Fonte: Ge