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CBF quer regras de fair play financeiro implantadas no futebol brasileiro já em 2026 - Valeseuclick.com
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CBF quer regras de fair play financeiro implantadas no futebol brasileiro já em 2026

Década perdida: regras de Fair Play completam 10 anos com apenas duas punições por pontos

Um dos vice-presidentes da CBF, Ricardo Gluck Paul foi escolhido pelo presidente da entidade, Samir Xaud, para liderar o grupo de trabalho que vai “elaborar a proposta de Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira”.

Gluck Paul passou os últimos dias nos EUA, onde é disputada a Copa do Mundo de Clubes. O dirigente fez reuniões com dirigentes brasileiros e com representantes da Fifa e da Conmebol. Uma de suas principais agendas é o fortalecimento da comissão que vai discutir o Fair Play Financeiro.

Dos 20 clubes da Série A, 19 já aderiram à comissão, faltando apenas o Mirassol. O colegiado conta também com a maioria dos clubes da Série B e oito federações.

Para o vice-presidente da CBF, o primeiro desafio é justamente agrupar os interessados numa comissão plural para discussão das regras. Considera importante ouvir clubes em situações distintas, tanto aqueles em boas condições financeiras quanto os com altas dívidas, além dos que são SAFs e dos clubes associativos. Quer todos na mesa para debater o melhor modelo.

A primeira reunião do grupo de trabalho está prevista para logo depois da Copa de Clubes – a competição termina no dia 13 de julho. A partir deste pontapé inicial, a comissão terá 90 dias para apresentar relatório com a proposta de regras para o regulamento do Fair Play Financeiro.

Para Ricardo Paul, que foi presidente do Paysandu em 2019 e 2020 e preside a Federação de Futebol do Pará desde 2022, é possível pensar numa implementação para o ano que vem.

GE na Rede #22: programa recebe Ricardo Gluck Paul, vice da CBF e presidente da FPF

— O objetivo do grupo é ter, em 90 dias a partir do início do grupo de trabalho, um relatório do modelo. A partir daí, a presidência define a implementação. O esforço que está sendo feito é para que seja (implementado) em 2026. Agora, naturalmente, e isso é uma opinião pessoal, creio que haverá necessidade de construir uma onda inicial, uma intermediária e assim por diante. É um processo para não criar um colapso. Não é a partir de amanhã. Vai ser algo que tenha relevância, que traga o que a gente procura, mas também que tenha implementação responsável — disse Ricardo Paul ao ge.

A ressalva da implementação feita pelo dirigente aparece também na própria portaria do dia 9 de junho, assinada por Samir Xaud. O documento diz que o grupo de trabalho tem por um dos objetivos “propor modelo de implementação gradual das obrigações do regulamento, respeitando as diferenças regionais e as situações financeiras específicas de cada clube”.

CNRD em xeque

O Fair Play Financeiro é um conjunto de regras com o objetivo de melhorar a condição financeira dos clubes de futebol e tornar o mercado como um todo mais estável e sólido, garantindo que os dirigentes gastem dentro de limites sustentáveis dentro da arrecadação de cada clube, evitando gastos excessivos. Há diferentes modelos adotas em diversos países.

No Brasil, a comissão — que terá participação de dirigentes da CBF, de clubes das Séries A e B, das federações e também de consultores externos — vai estudar os casos de Fair Play Financeiro de fora do país, mas não necessariamente repetir o modelo no futebol brasileiro, entende o dirigente da CBF.

— Não tem isso de “Ah, o nosso modelo está inspirado no modelo inglês”. A gente tem possibilidades dentro dos cases de sucesso, tem os casos menos exitosos que podem ter boas inspirações… É um pouco de pegar boas práticas para adaptar ao nosso modelo. E talvez – por que não? – construir coisas próprias. Importante entender o seguinte: não vai ser algo que a gente vai entubar (nos clubes): “Olha, nosso modelo é o alemão”. Precisamos compreender o momento do futebol brasileiro. Primeiro passo é diagnosticar, organizar conceitos e aí sim partir para uma discussão do modelo — afirmou.

Entre os pontos a serem discutidos, o grupo vai se debruçar também na Câmara Nacional de Resolução de Disputas da CBF — o órgão criado pela CBF para regular conflitos entre clubes, jogadores e agentes. Há críticas comuns de clubes pela demora em resoluções, sanções ineficazes e no modelo de acordos — considerado muitas vezes benevolente com os clubes devedores.

— A CNRD tem que entrar (no debate). Existem ali reflexões que têm que ser feitas também – diz o dirigente paraense.

Fonte: ge 

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