Andrey Santos se vê mais maduro e revela brincadeiras sobre o Vasco na Seleção Brasileira
Embora tenha apenas 21 anos, Andrey Santos já se vê maduro e diz ter criado “casca” com as muitas experiências que teve no futebol. Revelado pelo Vasco, passou por Nottingham Forest e Strasbourg antes de, enfim, ter chance no Chelsea, que o contratou em 2023.
Também acumula bagagem com a camisa da Seleção. Convocado pela primeira vez em 2023, ele esteve em três das quatro listas do técnico Carlo Ancelotti.
– Acho que amadureci muito, o Andrey depois de ter rodado e criado casca está mais pronto e mais maduro para poder exercer seu papel dentro de campo – comentou o meio-campista.
Versátil, o meio-campista desempenha diferentes funções no Chelsea e se colocou à disposição para fazer o mesmo na Seleção.
– Sempre procuro dar o meu melhor, independentemente da posição que o Mister quiser que eu jogue. Se ele me vê um pouco mais de (camisa) 5, vou dar meu melhor. Se ele me usar mais avançado, vou fazer o meu melhor. Essa decisão cabe a ele, e eu estou sempre disposto a ajudá-lo e a ajudar a seleção brasileira também – disse.
Meio-campista Andrey Santos em entrevista coletiva na seleção brasileira — Foto: Reprodução / CBF TV |
Perguntado sobre uma possível volta ao Vasco no futuro, Andrey Santos ressaltou o carinho pelo clube e revelou conversas com o lateral cruz-maltino Paulo Henrique, seu companheiro de seleção.
– Claro que quando se trata de Vasco toca no coração, fui muito feliz lá em 2022, ajudei com meus companheiros o Vasco voltar à elite do futebol brasileiro. Graças a Deus o Vasco está bem. Converso muito com o PH, até brinquei com ele em relação à Copa do Brasil, o Vasco tem uma torcida gigantesca e está precisando desse título – afirmou.
– Sobre minha volta, não gosto de fazer promessas, criando expectativas, mas sou muito grato ao Vasco, meu clube do coração, me formou como homem, como atleta. Num futuro penso sim em retornar ao Vasco para trazer mais alegria à torcida – completou.
A Seleção enfrenta Senegal, sábado, às 13h (de Brasília), no estádio do Arsenal. Depois, na terça-feira, encara a Tunísia, em Lille, na França.
Confira abaixo outros trechos da entrevista de Andrey Santos:
Disputa por vaga na Seleção
– Claro que a concorrência é muito grande. A gente olha para o lado e vê Fabinho, Casemiro, Bruno, Paquetá… É um prazer servir ao meu país, é um prazer estar com eles. Acho que essa troca que a gente tem é muito boa, claro que sou mais chegado de um ou de outro. O respeito acima de tudo, sempre procuro saber como é e perguntar, e eles são sempre muito transparentes comigo. Me ajudam desde quando cheguei à Seleção. Acho que essa troca de experiência com o pessoal que está chegando agora acho que nos facilita muito a desempenhar o nosso papel.
Amadurecimento
– Acho que cheguei no Chelsea muito novo, com 18 anos de idade, e acabei rodando um pouco. Acho que isso me amadureceu muito, serviu muito para o meu aprendizado. Claro que cada jogador tem seu tempo de adaptação, o meu foi um pouco mais longo. Passei pelo Nottingham (Forest) e não joguei, passei pelo Strasbourg por duas temporadas e fui muito feliz na Ligue 1. Agora estou de volta ao Chelsea.
– Acho que esse processo pelo qual passei foi fundamental na minha vida e na minha carreira, tanto como jogador quanto homem. Aprendi diferentes culturas, novas línguas, conheci novas pessoas que me ajudaram muito. Acho que esse processo me ajudou muito a chegar onde estou. Graças a Deus fui muito forte mentalmente, porque não é fácil deixar seu país com 18 anos e passar pelo Nottingham, pelo Strasbourg e agora estar de volta ao Chelsea é motivo de prazer e muito orgulho. Estar aqui na Seleção é motivo de prazer também.
Lembranças da Copa
– Acho que sempre foi um sonho disputar uma Copa do Mundo, acho que é o sonho de todo menino brasileiro, ainda mais o meu. Cresci no mundo do futebol. Desde os meus quatro anos eu jogo futebol, é o meu sonho. É uma coisa que mexe muito, ainda mais quando a gente fala do nosso sonho. Tenho que trabalhar primeiramente para estar na Copa do Mundo. Nunca vi o Brasil ser campeão. A lembrança mais clara que tenho é da última Copa, que eu estava com 18 anos e já estava entendo um pouco mais sobre o futebol taticamente e outras coisas também. Juntamente com meus companheiros, vamos trabalhar forte para chegar bem na Copa do Mundo e, se Deus quiser, trazer o título para casa.
Aprendizado com os mais velhos
– Procuro sempre extrair o máximo, fico muito feliz de estar aqui. Estar ao lado de grandes jogadores com muita experiência, e eles passam tranquilidade para os mais novos que estão chegando. Para mim, Wesley, Estêvão e João. Acho que essa troca é fundamental, eles passaram por isso também, sempre tiveram alguém que estendeu a mão para eles quando chegaram. Tenho certeza que estão fazendo muito bem com os mais novos, e essa troca está sendo bem natural e muito boa. Fico feliz com isso.
O que mudou desde a primeira convocação?
– Acho que em três anos muda muita coisa, ainda mais no mundo do futebol, em que tudo pode acontecer em dias e semanas, imagine em três anos. Fui muito feliz naquela convocação, foi a minha primeira depois de um ótimo sul-americano sub-20. Graças a Deus fui chamado para representar meu país, foi uma realização de um sonho, como é hoje.
Exemplo para os mais jovens
– Acho que tem que estar sempre no caminho certo, fazendo o nosso melhor. Como Ederson falou, muitas pessoas só veem quando a gente está bem, mas não sabe o quanto a gente trabalha no off e quanto abdica de tantas coisas para viver o sonho. Acho que esse é o caminho: continuar abdicando de muitas coisas para poder viver a seleção brasileira e o mais alto nível do futebol.
Amizade com brasileiros do Chelsea
– Estamos muito felizes de estarmos juntos lá. Chelsea tem uma longa história com jogadores brasileiros. Estamos muito felizes e procuramos desfrutar todos os dias. Eu acho que nossa relação é muito boa. Estou muito feliz de jogar ao lado de Estêvão e João Pedro também. Estamos sempre juntos nos treinamentos, fora dos treinamentos. Por exemplo, quando vamos para os hotéis antes dos jogos, sempre eu e Estêvão estamos juntos. Acho que o nosso relacionamento é perfeito para nós.
Fonte: ge

Meio-campista Andrey Santos em entrevista coletiva na seleção brasileira — Foto: Reprodução / CBF TV