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Local de acasalamento, lago transforma animais em ‘pedras de sal’ na Tanzânia



Lago vermelho na Tanzânia é inóspito para todos os animais — Foto: Getty Images

O lago Natron, na Tanzânia, é um importante local de acasalamento de flamingos. No entanto, esses animais correm o risco de serem petrificados para sempre se ficarem perto demais de suas margens. Isso porque sua água possui concentração de sal e alcalinidade fatais para a grande maioria dos animais.

As cianobactérias, que dão à água seu peculiar tom vermelho, são alguns dos únicos organismos que sobrevivem a essas condições. Isso, somado à temperatura média de 26 °C, faz com que os seres que resolvam “dar um mergulho” no lago se decomponham rapidamente, enquanto os que ficam na margem acabam “incrustados em sal”.

Há ainda uma espécie endêmica de peixe na região, a tilápia alcalina, adaptada para sobreviver ao longo das margens dessas águas termais.

As condições hostis do lago podem ser atribuídas ao seu vizinho, o vulcão Ol Doinyo Lengai – também conhecido como a Montanha de Deus —, que é o único ativo do mundo a emitir natrocarbonatitos. Essas substâncias chegam as águas do Natron pelo lençol freático.



O lago é um importante local de acasalamento para os flamingos, mas também perigoso — Foto: Getty Images

Apenas os flamingos, que consomem as cianobactérias ricas em nutrientes da água, migram para a área para acasalar. Mas mesmo eles sofrem com as condições impiedosas do lago salgado e podem ser vítimas de incrustações se não ficarem atentos.

O fotógrafo Nick Brandt escreveu um livro sobre o local intitulado Across the Ravaged Land. Nele, o autor conta suas aventuras na região: “eu inesperadamente encontrei as criaturas — todos os tipos de pássaros e morcegos — arrastadas ao longo da costa do Lago Natron. (…) Ninguém sabe ao certo como eles morrem, mas… a água tem um teor extremamente alto de soda e sal, tão alto que arrancaria a tinta das minhas caixas de filmes Kodak em poucos segundos”.

Apesar de ser perigoso, o Lago Natron teve um papel importante na preservação da história de 19 mil anos atrás. Em 2016, os geólogos encontraram mais de 400 pegadas humanas no lamaçal em volta do corpo d’água.

Por conta de sua composição e das erupções do vulcão, as pegadas deixadas por ali secaram e endureceram rapidamente, preservando os vestígios com grande qualidade. Eles estimam que as marcas foram deixadas ali pelos nossos ancestrais durante o último período Pleistoceno.

Fonte: Vida de Bicho


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