Documentarista diz ter novas evidências de que Kurt Cobain foi assassinado e pede para Courtney Love passar por detector de mentiras
O músico Kurt Cobain (1967-1994) Getty Images
O autor e documentarista Ian Halperin diz ter novas evidências de que Kurt Cobain (1967-1994) foi assassinado. Ele ainda desafia Courtney Love, viúva do músico, a passar por um detector de mentiras ao ressaltar que não está acusando ninguém.
O vocalista do Nirvana tinha 27 anos quando cometeu suicídio em 1994. Agora, em seu novo livro ‘Case Closed: The Cobain Murder: The Killing And Cover Up of Kurt Cobain’ (‘Caso encerrado: O assassinato de Cobain: a morte e o encobrimento de Kurt Cobain’), o autor canadense de 58 anos traz seus apontamentos sobre o caso e discorda da investigação da época.
Capa do livro de Ian Halperin — Foto: Divulgação
Ian Halperin falou sobre o assunto em entrevista ao The Sun nesta sexta-feira (24). O jornalista investiga o suicídio de Cobain há muitos anos e crava que a causa da morte deveria “ser mudada de suicídio para assassinato”. “Neste livro, concluo inabalavelmente que a polícia errou mil por cento e foi um assassinato”, diz.
Kurt Cobain sofria de depressão em meio à sua batalha contra o vício em drogas. O músico foi encontrado morto em sua casa, em 8 de abril de 1994, e deixou um bilhete de despedida.
O autor continua explicando a sua teoria de assassinato: “Tudo isso se baseia na evidência patológica forense, uma nova evidência que eu desenterrei. Não estou acusando ninguém de assassinato, mas desafio Courtney a finalmente fazer um teste de polígrafo. Pagarei para limpar o nome dela”.
Courtney Love, Kurt Cobain e a filha deles, Frances Bean — Foto: Reprodução
Ian dobra a aposta na descrição de um site que vendeu seu livro: “Baseando-se em toneladas de novas evidências forenses e relatórios policiais obtidos sob a Lei de Liberdade de Informação – este livro explosivo prova, sem sombra de dúvida, que Kurt Cobain não tirou a própria vida […] A própria viúva de Cobain, Courtney Love, usou sua influência e conexões para impedir que evidências policiais se tornassem públicas como parte de um quase encobrimento de três décadas”, acusa.
De volta à entrevista desta sexta-feira, o homem reforça: “Não estou a acusando de assassinato” e continua: “Ela foi acusada de estar envolvida nisso por tantos anos, muitas pessoas duvidaram dela. Muitos meios de comunicação, muitas pessoas próximas a ela, a acusam abertamente de assassinato – eu não.”
“Por favor, aceite meu desafio de fazer um polígrafo. Eu pagarei por isso com o principal examinador de polígrafo do mundo”, ele insiste. O cineasta também diz achar suspeito que “uma cônjuge enlutada, com todas essas acusações de assassinato durante todos esses anos, não esteve em busca dos assassinos ou tentando chegar mais a fundo nisso”.
Entre uma das evidências apresentadas no livro está a carta de suicídio deixada por Cobain. “As cinco linhas finais das notas de suicídio não estavam na caligrafia de Kurt Cobain. Essa é a única seção da nota de suicídio que trata de suicídio e estava com uma caligrafia completamente diferente. Eu o examinei, anos atrás, com dois dos maiores especialistas em caligrafia do mundo. Ambos concluíram inabalavelmente que não estava na mesma caligrafia de Kurt Cobain”, detalha Ian.
Kurt Cobain — Foto: Reprodução
Apesar de polêmica, não é a primeira vez que a suspeita de assassinato é trazida por alguém – inclusive ao abordar o mesmo ponto de vista sobre a nota de suicídio. Ainda em 2021, o FBI abriu arquivos sobre o músico e mostrou um documento de 10 páginas.
À época, a imprensa norte-americana chamou atenção para o fato da objetividade do documento. As investigações são enfáticas ao confirmar o suicídio do músico. No entanto, constam em meio às 10 páginas duas cartas enviadas ao FBI por indivíduos não identificados pedindo para que seja considerada a possibilidade de Cobain ter sido assassinado.
Em um trecho, os documentos fazem menção ao episódio da série de TV ‘Unsolved Mysteries’ analisando a morte de Cobain e cogitando a possibilidade de um assassinato. O documento menciona que o documentário aponta “um número de inconsistências, incluindo dúvidas sobre a suposta carta de suicídio”.
A cantora Courtney Love no NME Awards 2020, em Londres (Foto: Getty Images) — Foto: Getty Images
O documentário ‘Soaked in Bleach’, lançado em 2015, também trouxe à tona a suspeita de assassinato. Novamente, a carta de suicídio teve sua veracidade contestada. A produção sugere que Courtney Love escreveu parte da nota deixada pelo músico.
Vale ressaltar que, apesar de tudo isso, a versão oficial da morte do cantor continua como suicídio. As investigações policiais nunca encontraram nenhuma pista que indicasse que a cantora participou de alguma forma da morte do marido.
Além da esposa, Kurt Cobain deixou a filha deles, Frances Bean Cobain, hoje com 30 anos.
ATENÇÃO: Se você ou alguém que você conhece está lutando contra a depressão ou pensamentos suicidas, entre em contato pelo telefone 188. O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo.
Fonte: Revista Monet