Brasil

Homem trabalhava em troca de abrigo e comia lavagem dada a porcos no RJ



Segundo testemunhas, a comida servida ao trabalhador era a mesma entregue aos porcos — Foto: Divulgação

Chamada para verificar uma denúncia de criação irregular de porcos, a Guarda Ambiental de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, encontrou, na tarde desta segunda-feira, um senhor de 50 anos trabalhando em condições análogas à escravidão. De acordo com os agentes, o homem trabalhava em troca de abrigo e se alimentava da mesma comida servida aos porcos. O caso aconteceu em Carlos Sampaio, localidade de Austin. O proprietário da criação ilegal foi levado para 58ª DP (Posse), onde foi preso em flagrante.



— Fomos chamados para verificar uma denúncia de criação ilegal de porcos e encontramos esse senhor deitado num colchonete. Ele explicou que trabalhava cuidando dos porcos e não recebia nada, era apenas em troca do abrigo. Vivia sem banheiro, só um buraco no chão, e sem água. Ele bebia água do curso d’água próximo. Ele comia a mesma lavagem que dava aos porcos, as condições eram péssimas — contou Carlos Januzzi, coordenador operacional da Guarda Ambiental de Nova Iguaçu.

Em nota, a Polícia Civil informou, citando depoimento de testemunhas, que “o funcionário vivia em um ambiente sem banheiro, sem uma das paredes, e era obrigado a comer a lavagem destinada à alimentação dos animais”. Ainda de acordo com os policiais, a prisão se justificou diante do fato de o proprietário “reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho”.

Local onde o homem foi encontrado não tinha água nem banheiro Divulgação

O trabalhador libertado foi encaminhado para um abrigo da prefeitura de Nova Iguaçu.

— É uma coisa que a gente tem que controlar a emoção na hora. Encontrar um ser humano sendo tratado dessa forma é bem complicado — disse Januzzi.

Além da constatação de trabalho análogo à escravidão, o local onde os porcos eram criados clandestinamente foi interditado. Entre as infrações observadas estão: poluição do solo, contaminação de rio e maus tratos a animais. Há indícios ainda de abate ilegal de animais no local. As multas podem chegar a R$ 30 mil.

Fonte: O GLOBO


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