Zema presta depoimento à Polícia Federal sobre fala durante apuração de atos terroristas
Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi ouvido pela Polícia Federal (PF) por meio de videoconferência, na tarde desta quarta-feira (5).
Em janeiro deste ano, Zema disse que suspeitava que o governo federal tenha feito “vista grossa” diante dos atos terroristas e antidemocráticos em Brasília, no dia 8 de janeiro, “para que o pior acontecesse e ele se fizesse posteriormente de vítima”.
“Me parece que houve um erro da direita radical, que, lembrando, é uma minoria, e houve um erro também, talvez até proposital, do governo federal, que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse posteriormente de vítima”, afirmou Zema, em entrevista à Rádio Gaúcha, do Rio Grande do Sul.
Zema acrescentou que esta era “uma mera suposição” e que as investigações teriam que explicar o que aconteceu. No entanto, ele não apresentou nenhum tipo de prova.
“O que se demonstrou ali, naquele domingo, dia 8 de janeiro, foi, assim, uma lerdeza gigantesca de quem está ali para poder defender as instituições”, disse
Para o governador, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) “foi previamente comunicado da manifestação e não se mobilizou, não fez nenhum plano de contingência”.
“Me parece que, apesar de ser um movimento que poderia ter sido tolhido a tempo, porque a poucos quilômetros dali temos centenas, milhares de homens do Exército, da Força de Segurança Nacional, que estariam ali em pouquíssimos minutos, nada foi feito”, completou, à época, o governador.
Zema ainda falou que o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do cargo, determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi “prematuro, desnecessário e injusto”.
Alguns deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) entraram com uma interpelação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo explicação do governador. Como está no contexto dos atos antidemocrático, o STJ encaminhou para STF que, por sua vez, mandou para a PF fazer a oitiva.
Fonte: G1.com