Apresentado no Vasco, Ramón Díaz promete reforços: “Temos que pensar grande”
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Ramón Díaz foi apresentado no Vasco nesta segunda-feira. O treinador chegou ao Rio de Janeiro na semana passada e já comandou os primeiros treinos no clube. Com contrato válido até o fim de 2024, o argentino elogiou o ambiente e disse que chega para pensar não só no desafio do presente, com a missão de tirar o time da zona de rebaixamento, mas em montar uma equipe para o futuro.
“Estamos trabalhando muito duro para trazê-lo”, diz Ramón Díaz, sobre Lanzini
– Agradeço ao clube pela oportunidade, estou muito feliz de estar aqui. Sempre quis vir ao Brasil, porque é um futebol competitivo, onde a competência é muito alta, e gosto muito disso. Vai ser um ano importante para nós e temos que estar juntos para sair dessa situação. Dirigentes, torcida, jogadores, treinador, temos que estar juntos e pensar grande. Não temos que pensar só hoje, mas no futuro. Necessitamos de muito trabalho e dedicação. Vamos competir duramente – começou o treinador.
– Nesses três, quatro dias de treinamento que tive com o grupo, eles estão entendendo que temos uma responsabilidade muito grande com o clube, com os torcedores e com todo mundo aqui no Brasil. E isso provoca nos jogadores muita gana no que temos trabalhado. Isso me impressionou muito: a vontade que tem de trabalhar, de tentar reverter – acrescentou.
O treinador também conta com a chegada de reforços para qualificar o elenco e falou sobre o interesse do Vasco no meia Manuel Lanzini. Aos 30 anos, o argentino está livre no mercado após deixar o West Ham. Ele também pediu paciência com Orellano, que ainda não se firmou no Brasil.
– Estamos trabalhando muito e vamos reforçar essa zona (ataque). A primeira coisa que falamos com ele (Paulo Bracks) é que precisamos reforçar a equipe em alguns setores. Estamos trabalhando, mas não vamos sair falando por aí nem a posição nem a quantidade. Mas seguramente vamos reforçar, porque a equipe necessita. A torcida fique tranquila. Nos comprometemos em formar uma equipe competitiva – declarou Ramón, que completou:
– Existem muitos nomes que serão citados nesse momento. As contratações não são fáceis, mas estamos fazendo todos os esforços para poder contratar alguns jogadores que sejam importantes e que queiram vir. Um ou outro que teremos que negociar. Não são fáceis, mas está sendo feito todo esforço, estamos falando com muita gente. Gostaria também, como não? Lanzini é um jogador importante. Conheço-o há muito tempo. Está jogando na Europa. Há algumas negociações que não são fáceis, mas estamos trabalhando muito duro para concretizar. Sobre Orellano, temos que ter um pouco de paciência. Pouco tempo e já irão saber.
Ramón Díaz na coletiva de apresentação no Vasco — Foto: Marcelo Baltar / ge
O diretor esportivo Paulo Bracks explicou a contratação do argentino para o lugar de Maurício Barbieri, demitido no fim de junho.
– Um treinador referência e uma decisão calcada na experiência e por já ter vivido desafios iguais a esse. A pessoa certa para esse momento. Estamos muito felizes e esperançosos com esse trabalho que se inicia – afirmou o dirigente.
Além do treinador, chegam ao Vasco os auxiliares Emiliano Díaz e Juan Romanazzi, o preparador físico Diego Pereira e o analista de desempenho Damian Paz. O último trabalho de Ramón foi no Al Hilal, da Arábia Saudita, quando foi vice-campeão do mundo, eliminando o Flamengo na semifinal em fevereiro deste ano, no Marrocos.
Outras declarações de Ramón Díaz:
Missão de resgatar o Vasco
– Nesta partida que teremos na próxima semana se dará conta do trabalho que queremos fazer: uma equipe intensa, com muita organização – muita ordem tática que é muito importante para ser competitivo – e jogador que entende que precisa ter muita dedicação e disciplina. Ter muito ritmo. Tem coisas que estamos falando com os jogadores e, no pouco tempo que tivemos, gostei porque mudamos rapidamente o que é a intensidade dos treinamentos que estamos fazendo. Que as pessoas fiquem tranquilas neste sentido porque vamos trabalhar duramente. Aos torcedores, digo que vamos trabalhar duramente, com muita dedicação e profissionalismo.
– É preciso de paciência porque precisamos apoiar os jogadores, o clube. Sei que é uma das melhores aqui no Brasil. Por isso gostei que a primeira partida poderemos jogar com a torcida. Me encanta que o público venha ver a sua equipe, que nos apoiem. Isso é fundamental para a confiança dos jogadores. É o que queremos: que a torcida nos apoie. Necessitamos do apoio do público para sair desta situação. E, seguramente, estamos trabalhamos para reverter toda esta situação. Vamos conseguir com esforço e com muita coragem. Creio que os jogadores estão entendendo que é uma situação difícil, mas com tempo e paciência vamos poder sair desta situação.
É o maior desafio da sua carreira?
– Estive em muitos países e, sempre que vou a um país, é um desafio diferente. Tento dar o máximo profissionalmente, por isso me parece que é a coisa mais importante também que todo o meu corpo técnico é jovem, mas com muita experiência. E saber que, diante das dificuldades, temos que trabalhar. Temos que estar convencidos do que fazemos e do que decidimos. Para isso, preciso ter o apoio dos dirigentes, dos jogadores e da torcida. Creio que isso é fundamental. Se temos todos juntos para enfrentar essa situação e seguir adiante, isso é o melhor que precisamos fazer.
Primeiro contato com os jogadores
– Nesses três, quatro dias de treinamento que tive com o grupo, eles estão entendendo que temos uma responsabilidade muito grande com o clube, com os torcedores e com todo mundo aqui no Brasil. Estão entendendo isso. E isso provoca nos jogadores muita gana no que temos trabalhado. Isso me impressionou muito: a vontade que tem de trabalhar, de tentar reverter.
– É um grupo muito humilde, mas com muita vontade. Muita vontade de trabalhar, de aprender, de crescer. Por isso estamos contentes desses dias que estamos aqui. Estamos contentes do lugar onde estamos, lugar de treinamento é muito confortável, do espaço que temos. Tudo realmente está muito confortável para trabalhar. Necessitamos sair dessa situação e tenho muita força, os jogadores, a comissão técnica, os dirigentes também. Então, vamos tentar fazer isso rapidamente.
Vê similaridade desse cenário do Vasco com o do River Plate?
– Nesses últimos anos da minha vida, cada equipe que fui foi um desafio. Um desafio importante. Isso que eu gosto: são os desafios. Olho muito para o clube, para os torcedores, a equipe, mas alguns realmente tiveram dificuldade e há a necessidade de reerguer. Mas à base de trabalho e humildade se pode chegar a uma zona muito alta em que se pode conseguir algo. É o que queremos fazer.
O que a torcida do Vasco pode esperar já contra o Athletico?
– É uma lástima que não possamos jogar com a nossa torcida. Me encanta jogar com os torcedores, com muita torcida. Sei que a cada partida que o Vasco joga em casa está sempre cheio. Isso implica em alento para a equipe, para o grupo, para os jogadores. Esperamos que essa suspensão passe o mais rápido possível para que, quando tenhamos que jogar em casa, vamos mostrar a todo mundo o que é o Vasco. Esta partida será uma dura para eles e para nós. Temos que conseguir o resultado. Vamos armar uma equipe com muita dinâmica, ritmo e muita pressão.
Fonte: ge