Em 21 de julho do ano passado, o mundo de Payet virou de cabeça para baixo quando ele precisou se despedir do Olympique de Marselha depois de sete temporadas seguidas no clube onde é ídolo.
Aos 36 anos, o que fazer? Para onde ir? A aposentadoria forçada era o melhor caminho?
Sem ter o contrato renovado para 2023/24, o jogador foi às lágrimas na entrevista do adeus. Revelou que o Olympique havia lhe oferecido um emprego caso decidisse se aposentar naquele momento. Payet recusou porque queria jogar mais. E o Vasco apareceu.
“O que aconteceu foi o processo, digamos, da minha cura. Minha cabeça não estava bem depois do que aconteceu com o Marselha. Mas a cura começou no dia em que eu cheguei. Acho que o Vasco e sua torcida me curaram, me levantaram, porque eu estava no chão.”
— Payet
Esta é uma das declarações de Payet em sua primeira entrevista exclusiva a um veículo de imprensa brasileiro. Na quinta-feira, o francês recebeu a equipe da Globo para um papo que durou 45 minutos. A conversa completa vai ser publicada pelo ge às 13h. A reportagem também vai ao ar na edição desta sexta do Globo Esporte.
Payet desembarcou no Rio de Janeiro no dia 16 de agosto de 2023 e foi recebido por milhares de torcedores no Aeroporto do Galeão. Ali o francês percebeu que também poderia “salvar” o Vasco, e está disposto a ser cobrado por isso.
– É a primeira vez que alguém me dá tanto amor sem que eu tenha feito nada para isso. Foi uma recepção muito especial, mas também foi por isso que eu vim, porque sabia que tínhamos torcedores muito, muito apaixonados, torcedores incríveis. Por isso que escolhi o Vasco também – afirmou Payet, que acrescentou:
– Acho que eu precisava desse desafio, dessa pressão, para que eu não morresse lentamente. Porque se eu não tiver isso, não poderei jogar futebol. Não posso jogar futebol em clubes que não têm ambição nem torcida que nos pressiona em todas as partidas. Essa é a minha motivação.
Entre os diversos assuntos abordados na entrevista, Payet falou sobre sua evolução física em sete meses de Vasco. O francês reconheceu que não chegou em bom momento ao futebol brasileiro, mas que a pré-temporada com o elenco foi fundamental para começar bem 2024.
– Tinha sido difícil porque houve um intervalo entre o momento em que interrompi minha vida no Marselha e quando comecei a jogar novamente com o Vasco. Foram dois meses e meio difíceis, nos quais não joguei e estive treinando muito pouco. E eu tinha acabado de sair de uma temporada em que fiquei um ano sem jogar muito. A parte mais difícil foi voltar ao ritmo das coisas – disse ele.
– Na última temporada, eu dei o melhor de mim, mas sabia que fisicamente não podia fazer mais. Este ano, com uma preparação física completa, acho que a diferença pode ser vista no gramado – completou o camisa 10 do Vasco, que tem dois gols e cinco assistências na temporada.
Com lesão no ligamento colateral medial do joelho direito, Payet vai desfalcar o Vasco na estreia do Brasileirão, domingo, contra o Grêmio. O problema não é sério, ele está em tratamento e a tendência é que fique pelo menos mais duas semanas longe dos gramados.
Leia, às 13h, a entrevista completa com Payet no ge.
Fonte: ge
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