Joel Santana lançou sua biografia na última 3ª-feira: ‘O Verdadeiro King do Rio’

O verdadeiro rei do Rio? Joel Santana puxou para si a alcunha que já foi de Romário e Renato Gaúcho e usou como título de sua biografia. Ou melhor, ao invés de rei é king, brincando com o inglês que virou primeiro meme e, depois, sua marca em passagem como treinador da seleção da África do Sul.

Aos 76 anos, o ex-técnico lançou a sua biografia na noite desta terça-feira, em uma livraria na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em 256 páginas, “O verdadeiro king do Rio” (editora Tinta Negra) custa R$ 59,90 e passeia pelas histórias vividas como jogador e, principalmente, como treinador.



Joel é um dos poucos que treinou os quatro grandes do Rio, ao lado de Abel Braga, Valdir Espinosa, Oswaldo de Oliveira, Jair Pereira, Ricardo Gomes, PC Gusmão, Zagallo, Gentil Cardoso, Tim e o uruguaio Ramón Platero. Mas Joel foi o único que conseguiu ser campeão carioca por Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco.

Ao todo, foram oito títulos estaduais, sendo três pelo Vasco, dois por Botafogo e Flamengo e um pelo Fluminense. Algo que ele se orgulha, mas brinca que o currículo poderia ter sido até maior:



— Muita gente quer ser o rei, mas rei só existe um. Você já viu dois reis em um lugar? Não tem (risos). Em todos os times deixei uma marca. Tenho oito títulos estaduais porque viajei muito (trabalhou fora). Se não tivesse viajado teria uns 15 ou 20 (risos). Estou muito emocionado hoje, parece até que é o meu primeiro dia. É uma biografia fácil, um garoto de Olaria que teve os pés no chão e conheceu o mundo. Então é uma prova de que quando você quer, quando você pode, você consegue. Em meus 60 anos de vida dentro do futebol, consegui o que nós conseguimos. E agora esse livro a pedido de amigos, companheiros, da imprensa… Enfim, tem um pouquinho de cada coisa.

Júnior Maestro, ex-jogador do Flamengo, e Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, marcaram presença no evento. O prefácio do livro foi escrito por Romário que, ao lado de Joel, conquistou seus últimos títulos da carreira em 2000 pelo Vasco (em 2008, o Baixinho chegou a declarar que o técnico foi o melhor com quem trabalhou na carreira). Já a obra é do jornalista Wilson Rossato, também autor da biografia “Mil vezes Túlio Maravilha”.



— O título foi ideia minha e aceito de prontidão tanto pela editora quanto pelo Joel, porque realmente retrata o Joel Santana. E tem essa peculiaridade do inglês, o que o tornou mais conhecido fora do futebol. Por isso, essa peculiaridade tinha que entrar. Quando eu comecei a pesquisar vi que isso era muito vasto, então deu um capítulo à parte, “Papai Joel fala inglês”. E do limão, ele conseguiu transformar isso em uma limonada, porque o que começou apenas de uma gozação virou grandes campanhas publicitárias — explicou Rossato.

Uma curiosidade é que o autor é torcedor do Palmeiras, e um dos grandes títulos de Joel foi em cima do Alviverde, o 4 a 3 de virada na final da Copa Mercosul de 2000. Perguntado se revelou o segredo daquela conquista épica no livro, o ex-técnico respondeu:



— Isso aí eu não posso falar, pô. São coisas de bastidores. Aquilo só os jogadores podem falar porque ninguém acreditava mais. Eu entrei no Vasco, me apresentei no domingo, e estava logo decidindo (a final). E a gente fez aquela virada histórica, que eu fiz uma mexidinha, aquele negocinho. Treinador é maluco, ou a coisa vai dar certo ou errado. E aí fiz uma mexida, deu certo, os jogadores aceitaram, fomos lá e ganhamos deles.

Além de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, Joel também treinou no Rio o América e o Boavista, clube em que fez sua última passagem como treinador entre 2016 e 2017. Como jogador, Joel passou pelo Vasco, Olaria e América-RN.



Fonte: ge

Fonte: Netvasco