Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Fernando Diniz após Lanús 1 x 0 Vasco

Fernando Diniz fez sua estreia à frente do Vasco na noite desta terça-feira, na derrota por 1 a 0 para o Lanús, em Buenos Aires. Depois da partida, o treinador disse que viu aspectos positivos na atuação dos seus jogadores, embora tenha comandado apenas um treino na véspera da partida.

– Não concordo com a análise, ou parte dela, de que o time jogou bem mal. A forma como marcou alto, principalmente no início do jogo, time estava mais fresco. E o que faltou no primeiro tempo, na minha opinião, foi ter mais agressividade – disse o treinador.

– A gente já tinha envolvido o Lanús, apresentava ser um jogo mais vertical, e a gente continuava trocando passes mais lateralizados. No segundo tempo também, no começo, não achei que time foi mal. Quando toma o gol, o time perde confiança e as outras coisas vêm, o histórico recente, aí deu uma sentida. Também tivemos que fazer as trocas. Por mais que tenhamos tido só um treino, aproveitamos muito ontem para treinar e tinha uma tendência nas trocas de ganhar vigor físico e perder um pouco a ideia do jogo. Depois da expulsão ficou muito difícil tentar o empate. Mas acho que a equipe, pelo primeiro tempo e um pouco do segundo, tem coisas positivas para a gente colher e corrigir as coisas erradas que fez no jogo, principalmente no aspecto anímico – completou.

Como ainda não foi apresentado oficialmente e essa foi sua primeira entrevista coletiva no Vasco, o treinador respondeu sobre os motivos que o fizeram aceitar a proposta do clube. Ele disse que precisa resgatar a confiança da equipe e que o Vasco “tem time para produzir muito mais”.

– O processo de negociação foi fácil porque eu queria vir para o Vasco. Tive outros convites para trabalhar na Série A e fora do Brasil. Sou grato ao Vasco por ter vindo aqui em 2021 e aprendi coisas na primeira passagem. É um clube que gosto, admiro muito, adoro a torcida. Eu vi coisas da torcida do Vasco inimagináveis. Em São Luís, 4, 5 mil pessoas. Em Recife a mesma coisa. Somos um time que precisa de ajuda e eu vim aqui ajudar. Sobre o Pedrinho ser presidente, é importante nesse processo. É algo que me dá mais vontade ainda de vir. Eu gosto do elenco do Vasco, acho que tem time para produzir muito mais e vamos trabalhar para isso – disse ele.

“Obviamente que, pelo histórico recente, tem um pouco de perda de confiança. Temos que resgatar a confiança. Se dedicar ao máximo. Hoje vimos dedicação. Todos correram. Acho que fizemos, das coisas que aconteceram no jogo, uma grande partida para conseguir melhorar. Tem coisas para melhorar sempre, não só no Vasco”, concluiu.

Com o resultado, o Vasco segue dependendo apenas de si para se classificar para a próxima fase da Sul-Americana: basta vencer o Melgar no próximo dia 27, em São Januário, pela sexta e última rodada da fase de grupos. Empate não serve para o time de Diniz.

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Estreia no Vasco

– É muito incipiente a análise do grupo, tem muito pouco tempo. Mas obviamente, pelo histórico recente, tem um pouco de perda de confiança. E é normal nesses momentos, a gente precisa resgatar essa confiança. Ter coragem para enfrentar esse momento. Se dedicar ao máximo, eu não tenho queixa para falar da dedicação dos jogadores hoje. Os jogadores correram, tentaram, se dedicaram, marcaram alto o tempo todo praticamente. O Lanús é um time que joga bem aqui na casa deles, é um time forte. Acho que das coisas que aconteceram no jogo a gente tem um ponto de partida para seguir e melhorar. Tem muita coisa para melhorar sempre, não só no Vasco, mas em todos os times em que trabalhei. E a gente vai trabalhar muito para melhorar e fazer com que o time jogue bem, ganhe jogos e fazer com que a torcida crie essa conexão com o time. Porque a torcida do Vasco faz muita diferença.

Carlo Ancelotti na seleção brasileira

– Acho que o Ancelotti conhece muito o futebol brasileiro. Trabalhou com muitos jogadores brasileiros. Vai ter a nossa torcida. Tem a confiança dos brasileiros e pode fazer um grande trabalho.

Última rodada contra o Melgar

– Não é um momento bom (do Vasco). Estamos vivos na competição, a gente tem um jogo em casa com o Melgar, um confronto direto para saber quem passa em segundo e seguir na competição.

– Pelo tamanho da importância, é obrigação (vencer). Não significa que vai ganhar do Vasco, respeitamos os adversários, mas vamos fazer de tudo para buscar a classificação.

Atuação do Coutinho

– Começou muito bem no primeiro tempo, a partir da metade do segundo tempo passou a sentir mais o jogo. Com a minha passagem aqui, acho que o Phillipe (Coutinho) vai melhorar. Ele pegou muito na bola, é um jogador extremamente talentoso e vai dar muita alegria para a torcida.

Aproveitar a base

– Eu sempre tenho um bom olhar para os jogadores da base. Em todos os lugares que eu passei, a gente sempre acha jogadores das categorias de base. Quando eu estive aqui, jogou muito jogador: MT, Riquelme, lateral-esquerdo que teve um bom momento comigo. Do Fluminense, o Alexsander, o John Kennedy, recuperação do Martinelli. Do São Paulo, o Brenner, Igor Gomes, Luan… Do Santos, a mesma coisa. Então eu vou estar sempre olhando para a base. Já procurei saber, eu sei que os times estão indo bem, e o Vasco é um dos que mais formam jogadores no Brasil. A gente vai olhar para a base, eu não sei de fato o que tem ainda. Mas com certeza eles vão ser olhados.

Elenco do Vasco

– É um elenco que eu gosto, acho que tem bons jogadores. Especificamente o Alex Teixeira, quando jogou contra mim aqui ele performou. E eu vou procurar não só para ele, para todo mundo que está aqui, dar o máximo que eu puder para que os jogadores consigam melhorar e ajudar o Vasco.

Fonte: ge