Diante do momento ruim do Vasco na temporada, com goleada no placar agregado para o Independiente del Valle, eliminação na Sul-Americana e a uma posição acima da xona de rebaixamento no Brasileirão, o presidente Pedrinho concedeu entrevista coletiva nesta quinta-feira e respondeu sobre as contratações feitas por sua gestão e as que a diretoria ainda busca nesta janela.
Pedrinho garantiu que nunca prometeu “trazer jogadores de alto nível” para a equipe.
Quando você pega um número frio desse jeito, R$ 60 milhões (em contratações), parece que peguei R$ 60 milhões e investi, assim, no talo. E R$ 60 milhões no talo, você vai falar, que eu poderia contratar um jogador da primeira prateleira. As contratações não são feitas dessa forma, têm que caber dentro de um fluxo de caixa que eu consigo pagar. Nos momentos ruins, obviamente os exemplos das contratações vão ser os atletas que por algum motivo ainda não performaram, mas tem contratações que performaram. O Coutinho é uma contratação que para nós dá muito orgulho, o Nuno performando bem, o Lucas Freitas que chegou muito bem, depois teve um pouquinho de dificuldade e retoma o futebol, ainda se valorizou por isso. O Tchê Tchê que veio de graça e está desempenhando muito bem. A gente vai acertar e vai errar. Os jogadores que ainda não performaram não quer dizer que não tenham capacidade para performar – disse o presidente vascaíno.
– Tudo que você falou a gente identifica e tenta melhorar. Cada vez mais nas janelas a gente tenta ser mais assertivo, é difícil sem investimento ver os rivais com muito investimento, a cobrança aumenta por isso. Mas a construção desse raciocínio não tem que ser no valor fechado de R$ 60 milhões porque fica uma construção difícil para explicar. A construção é dentro de um fluxo de caixa, que nos cabe um parcelamento grande, uma aquisição de transfer pequena e trazendo os jogadores que a gente precisa – completou ele.
“Deixando claro que em nenhum momento nas janelas eu falei que contrataria qualquer jogador de nível de Real Madrid, nunca prometi isso a ninguém. Minha promessa aqui foi sempre honrar os compromissos, por mais que isso seja muito doído para o torcedor”.
Pedrinho prosseguiu respondendo sobre o tema:
– Eu gostaria de estar falando aqui de diversas contratações, mas as pessoas têm dificuldade de encarar a realidade. A realidade é dura, ainda mais quando os rivais aqui do Rio de Janeiro conseguem se reestruturar, passaram por período de dificuldade e, nesse período, a gente ainda estava aprofundando ainda mais em dívida. Muitas pessoas vão interpretar isso como desculpa, mas só estou falando a realidade. Só espero que vocês estejam dispostos a refletir e a debater com críticas o conteúdo que eu estou passando e não encarem como desculpa, encarem como realidade. Nunca prometi em nenhuma entrevista trazer jogador de alto nível. Entrando aqui e vendo o cenário, a minha promessa sempre foi de honrar os compromissos. Dentro disso, eu trago os jogadores que cabem dentro do orçamento devido à facilidade do pagamento parcelado e num fluxo que a gente tenha oxigênio para honrar.
Veja outras respostas da entrevista coletiva de Pedrinho:
O Felipe tem culpa por ter sucateado a base do Vasco?
– O JP é um jogador que teve oportunidade, jogou, em um momento inicial teve boa resposta, mas caiu de rendimento, foi perdendo espaço no elenco e foi para o mercado. Eu sou oriundo da base, gosto, e acho que é um grande ativo, mas nós vascaínos não temos paciência com os próprios jogadores da base. E aí não tem desempenho. O cenário é que eles saiam para que eles possam ter rodagem e a gente tenha algum tipo de receita com eles. Quando eles saem, eles não estão no nível de outros jogadores, em termos financeiros, para que a gente possa ter um pedido financeiro mais alto e uma receita adequada com o que eu acho que eles merecem.
– Com relação ao Felipe e ao Capasso, tenho até que me segurar porque você sabe muito bem os motivos, e não concordando com a resposta que o Felipe te deu, e falei isso para ele. Mas pra te dar um exemplo de que todas as avaliações e contratações não são definitivas por uma pessoa, mas departamento de scout, análise de desempenho e mercado. A indicação do Nuno foi do Felipe, a do Tchê Tchê foi do Felipe. A do Lucas Freitas, foi do Felipe.
– Quando o Felipe assume na temporada passada, e de uma forma muito honrosa, com seu irmão morto. Ele deixa o seu irmão morto dentro de casa de madrugada para dar o treinamento e termina a temporada de uma forma indigna, ele foi muito elogiado por vocês. Muitos queriam que ele permanecesse, inclusive os atletas. Mas como eu falei, o Felipe não seria treinador na minha gestão. Uma coisa é ser interino. E depois ele entra em um momento difícil na equipe, e ele foi muito homem de assumir porque dei a oportunidade de ele não aceitar e eu colocar outro. E eu também apanharia por isso. E ele foi escrachado – e esquece que ele é meu amigo – de uma forma desrespeitosa por uma resposta que ele foi infeliz, mas você, no fundo, sabe porque ele te deu essa resposta. Você sabe o comportamento que o Capasso tinha internamente. A opção do Capasso sair ou não é uma escolha do jogador. Quando vocês pedem que precisa diluir a folha, a gente apresenta para eles algumas oportunidades, mas o jogador não é obrigado a ir.
– Dentro da tua avaliação, o trabalho do Felipe não é bom por causa de uma resposta, não sei se desrespeitosa, mas não foi legal para você. Na minha concepção seu trabalho é ruim, a na sua concepção o do trabalho do Felipe é ruim, e o meu também é ruim, mas eu não tenho a capacidade de avaliar porque não estou no seu dia a dia. Para você é mais fácil avaliar porque o dia a dia você não vê, mas na prática, os jogos e contratações, você tem capacidade de avaliar. Todo profissional é avaliado internamente, e houve um massacre muito duro com ele após a resposta que ele te deu. Eu sei porque ele te deu, mas não deveria ter falado daquela forma.
Alan Belaciano tem alguma participação no futebol? Qual o papel dele? O estatuto permite esse acúmulo de cargos na SAF?
– Ele não tem cargo nenhum dentro da SAF, ele é um membro da associação, que vem aqui como um funcionário do Vasco, como a minha assessora do CRVG está aqui, como colabora e contribuiu em muitos aspectos, até na questão da RJ (recuperação judicial) foi um cara que ajudou muito, na questão dos acordos, mas não é funcionário da SAF.
O Vasco pretende fazer alguma reforma na estrutura do futebol ou entende que está tudo bem?
– Ninguém falou que está tudo bem, e as contratações que vocês falam que não dá certo você só citam as que vocês querem. A gente identifica e deixa muito claro que sabe onde a gente errou e agente tenta melhorar e trabalhar para isso. Só que todos os exemplos que vocês dão de contratações ruins são de jogadores que não são utilizados e vocês não citam os que são utilizados. É muito difícil porque a avaliação passa por um crivo muito detalhado, mas daí em diante, o jogador performar ou não, é muito relativo. Eu particularmente acreditava muito, e não vou dar nome para expor, que um jogador ia desempenhar e esse jogador não está desempenhando ainda. E o que eu menos esperava está desempenhando bem. Quando o Admar fala de jogadores prontos, acho que ele não quis dizer da questão física, mas da questão da segurança se ele vai desempenhar ou não. O brasileiro já conhece o Thiago Mendes e sabe a realidade, então a adaptação que ele quis dizer, para mim, foi nesse sentido. Não foi de tempo de disponibilidade para jogar. Mas para ficar claro, para não parecer desculpa, a gente sabe muito bem onde errou e onde tem que melhorar
– Por exemplo, quando falei lá atrás que a SAF estava quebrada. E quando eu vendo os jogos no ano passado, e o comprador escolhe os jogos e ele escolheu Palmeiras e o Botafogo, a gente falou que foi questão financeira. Vocês têm informantes dentro do clube, que é uma coisa que faz parte do jornalismo, se vocês quisessem você saberiam o motivo real. Eu preciso que vocês se decidam se têm o desejo que eu fale e usam da forma correta ou não. Por exemplo: o jogo que eu vendi, que foi por uma questão financeira, o debate na televisão foi “Pedrinho vendeu o dinheiro por causa do dinheiro, mas esportivamente tinha que jogar em São Januário”. É claro que eu quero jogar em São Januário.
Agora vou te dar um depoimento: eu vendi aqueles jogos por R$ 4 milhões, casa jogo foi R$ 2 milhões, porque a gente precisava juntar dinheiro para pagar o mês seguinte. O ano de 24 a gente pagava o mês quebrando a cabeça para pagar o outro mês.
– Estou falando isso agora. Mas quando falei alguma coisa da questão financeira, eu fui criticado porque eu estava expondo o Vasco e ia dificultar as contratações do Vasco. O que eu faço? Eu me calo. Se eu passar a verdade, as pessoas vão me bater porque eu estou passando a verdade. Quando eu falo, eu sou criticado. A realidade é que nós vendemos para pegar esses R$ 4 milhões para pagar salário. E todos os meses de 24 foram assim. Até que a gente entrou com a medida cautelar antecedente por 90 dias, agradeço muito ao Amodeo e a todo departamento da SAF, que conseguiram criar mecanismos, arrumaram outros patrocínios, a gente consegue passar na Copa do Brasil, eu olho para trás e falo: “Caraca, a gente fechou o ano com salário em dia sem adiantar receita de 25”. Toda receita de 24 estava adiantada. Só que se eu fico passando isso, eu sou criticado por vocês porque vocês vão falar que eu estou afastando as pessoas do Vasco. Aí eu prefiro tomar porrada porque eu vendi o jogo e isso fica se espalhando como se eu quisesse R$ 4 milhões para comprar lustre para o Vasco. E não era, era para pagar conta.
– Estou sendo muito coração aberto e verdadeiro. Tudo tem o porquê. Por que você ficou muito tempo calado? Porque todas as vezes que eu tento falar e ser transparente com vocês, e eu não consigo ser diferente, eu não quero que vocês concordem comigo. Vocês podem discordar, debater. Só não sejam cruéis tendo uma interpretação que não caiba na discussão. Vocês podem discordar. “Pô Pedrinho eu entendo, você tinha que arrumar outro jeito de receber os R$ 4 milhões e tinha que jogar em São Januário”. Beleza, é válido. Mas é só entender o porquê. Tudo tem um porquê, nada é por acaso. Muita coisa que é feita é ditada por a gente ganhar os jogos ou não. Se a gente ganha, o jurídico é bom, a comunicação é boa, o marketing é bom, o comercial é bom, o compliance é bom. Se a bola não entra, tudo é ruim. E não é assim. Se eu estivesse fazendo tudo errado em termos de reestruturação financeira e a gente estivesse ganhando os jogos, as pessoas estariam de repente falando que eu sou o suprassumo. E não é. Tem muita coisa boa sendo feita e a bola não está entrando. Mas se você me perguntar se eu estou vendo o time se dedicando mais, eu estou vendo o time se dedicando mais. Se você tirar a emoção do jogo, a raiva de ter perdido e de estar num momento ruim, o time melhorou em termos de desempenho, de finalização, de intensidade. A gente teve oportunidade de ganhar do Grêmio, vacilamos e não ganhamos. Contra o Red Bull, a gente poderia ter ganhado e não ganhamos. No próprio jogo do Del Valle em casa a gente poderia ter vencido. Lá foi um desastre por outro contexto de jogo. Eu vou ser muito verdadeiro aqui como sou sempre e não encarem como uma autodefesa, encarem como o cenário atual.
Como foram os bastidores da contratação do Thiago Mendes?
– O Thiago Mendes já era um desejo nosso muito antes da renovação do Léo Jardim. Já estava mapeado. Se o empresário do Léo Jardim tivesse indicado o Thiago Mendes e nos interessasse, não teria nenhum problema, mas isso é a maior mentira. Isso nunca existiu. E é bom vocês não falarem comigo, perguntem ao empresário do Léo Jardim… Ele vai falar e quem gosta dele acredita nele, eu vou falar e quem gosta de mim acredita em mim e a verdade não aparece. É só você ligar para o empresário do Léo Jardim e perguntar. Isso nunca existiu. E se tivesse existido (empresário do Léo indicar)… Em nenhum momento foi indicado pelo empresário do Léo Jardim, nenhum momento. Era um jogador que já tínhamos mapeado e foi muito debatido. Depois, pelas dificuldades financeiras e a gente procurando algumas posições, foi muito debatido mesmo sendo um jogador que nos interessava muito.
Declarações do Edmundo pedindo impeachment
– Com relação ao Edmundo, você citou que “quem cala consente”. Tem muitas frases que foram criadas e eu não concordo muito. Uma é essa. Sou um cara muito educado, muito respeitoso. O Pedrinho, na física, tem muita coisa para falar sobre o que o Edmundo está falando, mas qualquer coisa que eu fale hoje, ela se torna institucional porque ele levou um problema com ele mesmo a público. E se eu respondo trago mais uma problema para dentro do Vasco, mas eu ia responder como Pedrinho, não como presidente. Então eu não posso nem responder publicamente e isso não quer dizer que eu estou consentindo com o que ele está falando. As coisas que ele fala, fala muito mais sobre ele do que sobre mim. O momento certo do Pedrinho falar vai chegar, mas quem quiser acreditar nas coisas que ele fala, acredita. Eu não vou dar resposta para ele, estando presidente, só quando eu sair daqui. Ele trouxe um problema pessoal a público e me entristece muito.
Torcida tem razão em dizer que a sua gestão é ruim?
– Quando você fala que a minha gestão seria diferente das outras, o comportamento da torcida obviamente quer dizer que ela não está gostando da gestão, isso não quer dizer que a gente não esteja trabalhando de forma diferente das outras gestões. Respeito muito o torcedor do Vasco, muito. E vou sempre respeitar. Como eu falo: a gente cria padrões de perfil para certos cargos. Eu estou presidente então tenho que ter esse tipo de perfil porque tem que ter coração duro, autoritário, isso e aquilo. Eu não sou assim. Se você me perguntar se me entristeceu. Me entristece todas as vezes que a torcida me xingar e vai me machucar. Eu sou vascaíno, tenho um lado afetivo muito grande. Quando a torcida me xinga, é lógico que me ofende. Isso vai fazer com que eu pare de trabalhar? Não, eu vou trabalhar ainda mais para reconquistar o torcedor. E não o Pedrinho, mas o clube ter uma conexão arquibancada-campo-administração.
Uma das suas promessas era fazer uma gestão diferente das anteriores. Você acredita que está conseguindo?
– Com relação à gestão, o que eu poderia dar como maior prova senão entrar numa recuperação judicial e colocar todos os meus bens (como garantia)? Eu não era obrigado a entrar numa recuperação judicial. Porque as pessoas normalizam certos comportamentos quando querem levar para um viés político, então elas normalizam quando uma coisa dessa é feita. As pessoas acham que eu cheguei em casa e falo “coloquei meus bens lá, tá?”. Não é possível que em algum momento as pessoas não entendam o que está sendo feito de reestruturação. Quando a gente vai para uma recuperação judicial com os meus bens ali, é a maior prova de respeito pelo processo que está sendo realizado. Por quê? Não sei qual receita vamos ter, não sei em qual posição vamos terminar no campeonato. Eu sei as receitas ordinárias, as extraordinárias eu não sei. Eu tenho um compromisso para cumprir. Se eu descumprir qualquer situação da RJ, todo meu patrimônio adquirido vai embora. Não é uma gestão diferente? Todos os anos se passaram aqui falaram de reestruturação. Esse ano está acontecendo de verdade. Isso quer dizer que eu sou o melhor? Eu não sou o melhor presidente da história e também não sou o pior. Eu entrei aqui para dar o meu melhor e ser certo. E ser certo incomoda.
– Vou te dar alguns exemplos que eu preciso registrar. Um grupo de oposição que bate que a gente aumentou o custo de água e luz do Calabouço. Você sabe por quê? Porque tinha gato. Aí vão ficar chateados que eu vou falar? Mas eu tenho que falar, pô. Aí eu vou lá, reconheço a dívida, falo que quero pagar e eu sou o errado? R$ 150 mil de água e luz, realmente aumentou. Porque eu quero pagar, isso não existe. Eu precisava fazer isso? Precisava, pô. Vocês sabiam que há 20 anos o Vasco não pagava IPTU? Eu precisava reconhecer a dívida. Precisava, pô. Porque o certo é pagar. R$ 2 milhões.
– O processo é duro, muito duro. Se os resultados de campo estivessem acontecendo, a gente passaria mais tranquilo. Não está acontecendo. E a torcida pode ter certeza que eu sofro tanto quanto ela. A gente fica medindo quem é mais vascaíno e não tem que medir, vascaíno é vascaíno. Eu sofro muito com as derrotas, mas eu também vejo muito trabalho. Os caras passam 2h, 3h treinando desde a chegada do Diniz. Eu vejo evolução no jogo. Fazer qualquer tipo de avaliação depois de uma derrota tem uma visão e depois de uma vitória tem outra. Por isso temos que fazer uma avaliação neutra. São pontos só para te provar que a gestão boa ou ruim não pode ser avaliada pela bola entrar ou não. A gestão é muito diferente, é muito diferente.
Contratações: investir em um de peso ou se dividir entre diferentes jogadores
– Se desvaloriza muito o que é feito. Parece que a gente se reúne ali no barzinho, tomando cerveja, começa a falar de futebol e traz um jogador X. Não é assim, gente. E pode ter certeza que muitos outros clubes eles erram e acertam. De repente passa de uma forma sutil os erros porque eles contratam em volume maior e têm muitos acertos. Os erros passam batidos pela questão financeira. Para a gente a renovação do Léo Jardim tem o custo de uma contratação. A renovação do Rayan também tem custo de contratação. A renovação do Coutinho tem um custo de contratação. Antes de entrarmos para a questão da recuperação judicial, as transferências que não foram pagas pela 777 têm custo de contratação. Para você ter ideia, a 777 gastou R$ 300 milhões em contratações e não pagou 200. E essa conta é nossa. “Ah, mas ninguém colocou uma arma na sua cabeça para estar aí”. Não, ninguém botou, fui eleito para ser presidente da associação. Na cláusula do contrato com a 777, um dos aportes que não foi feito, o ex-presidente poderia com mil reais depositar e ter as ações que não foram integralizadas de volta. Com isso, ele voltaria a ser majoritário. Ele não exerceu isso, e tinha uma outra cláusula que poderia esperar os 30 para execução do pagamento. E isso foi feito.
– Por que ele não executou os mil reais e teve as ações de volta? Porque ele vende o clube em uma situação financeira difícil e já tinha um investimento feito em contratações. Então se ele pega o clube de volta, teria mais dívida ainda. Tivemos que fazer um movimento contrário a esse. Entrar com a ação, sabendo que essa dificuldade financeira cairia no meu colo. E eu não pensei em nenhum momento. Senti muito medo porque juridicamente eu não entendo, é uma briga grande e dura, e confiando no meu jurídico entramos com a ação para proteger o Vasco. E entramos nesse cenário, só que quando falamos isso as pessoas dizem que isso é bengala e isso me chateia. Que não tenha viés político, mas entendimento do que é a realidade. E muitas coisas que a gente paga poderiam ser utilizadas para as contratações.
O Corinthians tem dívida enorme, consegue contratar e briga por título. Por que no Vasco não é assim?
– Perfil, modelo de gestão. Eu não vou fazer as contratações que o Corinthians fez e não honrar os compromissos. Não queria falar de outro clube, mas como você citou. Eu não consigo contratar e não pagar. Não consigo. O torcedor não pode esperar isso de mim, desculpa te decepcionar. Eu não vou fazer isso. Eu não estou fazendo isso comigo, estou fazendo com a instituição. E se agente está nesse processo de recuperação, é porque essas práticas foram usadas. Me desculpe. O que eu posso falar para o torcedor é que vou trabalhar muito, como eu trabalho. Eu me meto em todos os detalhes, sempre com muito respeito a todos os setores, tentando dar minha opinião, praticamente não durmo, vivo e vivencio tudo que diz respeito ao Vasco. Ausência não existe na minha gestão, da minha parte não existe. Pegaram uma viagem que eu não fui pela saúda da minha mãe, mas eu estou no CT, na SAF, em São Januário, nos treinos, em todos os lugares É muito ruim o torcedor ouvir o que eu estou falando, mas eu não vou sacanear o torcedor. Enquanto eu estiver aqui, eu não vou fazer isso. Mas a gente tem capacidade de ir muito melhor em termos de resultado na competição.
Carlos Amodeo, sobre a situação financeira do Vasco
– Vou fazer uma contextualização maior, que vai ao encontro de muitas das abordagens que o presidente falou sobre o cenário econômico e financeiro. Quando fui convidade para assumir a função de CEO com o objetivo de conduzir um projeto de reestruturação e de gestão corporativa da SAF, especificamente na estrutura administrativa, financeira, comercial, marketing… Eu tinha clareza da complexidade da situação econômico e financeira do Vasco naquele momento, embora não tivesse um grau de detalhamento sobre essa gravidade da situação.
– Em julho do ano passado, quando iniciamos esse processo, contratamos um trabalho junto a Alvarez & Marsal, que é uma das firmas mais renomadas em consultoria de reestruturação empresarial para que fizesse um diagnóstico até porque, durante o período da 777, o CRVG não recebia as informações com grau de detalhamento adequado para fazer uma avaliação adequada das finanças da SAF. Foi apresentado um estudo que indicava que o ano de 2024 previa um saldo negativo de caixa de aproximadamente R$ 120 milhões, de agosto a dezembro. Aumentando o saldo negativo de caixa em 2025 para R$ 450/470 milhões de reais… Chegando em 2029/2030 em incríveis R$ 900 milhões em saldo negativo.
– Quem está dizendo isso é o estudo da Alvarez & Marsal uma das mais renomadas no mundo em reestruturação empresarial. E naquele momento ela indica a necessidade de implantação urgente e inadiável de um amplo processo de reestruturação do Vasco como um todo para garantir a sobrevivência do clube e, minimamente, a organização e estruturação de processos internos no Vasco para que, eventualmente, um novo investidor venha a assumir o Vasco e dar continuidade a esse processo.
– De lá para cá, estamos fazendo um trabalho intenso baseado em alguns pressupostos fundamentais, o primeiro deles é a manutenção das nossas obrigações correntes rigorosamente em dia, e posso atestar para vocês que todos os nossos compromissos estão sendo quitados regoramente em dia com atletas, fornecedores, demais profissionais, clubes com os quais transacionamos o nosso período pós-RJ. Estamos trabalhando para dar equilíbrio econômico enquanto negociamos ao pool de credores do Vasco a aprovação do plano de recuperação judicial. Com a homologação, teremos a organização adequada do nosso fluxo de pagamentos das dívidas pré-existentes para que o nosso futuro investidor tenha condições mais adequadas da compreensão para honrar os compromissos.
Amodeo, sobre a venda dos mandos de campo em 2024
– Importante dizer que quando nós chegamos em 2024 já existiam dois mandos vendidos. Um desses procuramos alterar para que não fizéssemos um clássico contra o Fluminense em Cariacica devido a uma questão de segurança, e transferimos isso para o Carioca de 2025. Então, já tínhamos esses dois mandos vendidos pela gestão anterior. E tivemos a necessidade de, entre uma série de outras medidas que tomamos para garantir a sustentabilidade financeira do clube, mês a mês, vender esses dois mandos de campo, recebendo os recursos à vista naquela ocasião para que mantivéssemos os nossos compromissos em dia.
– Mas isso não significa que não deveríamos investir em jogadores. Falamos sobre isso no ano passado, de que teríamos orçamento para 2024 para investimento em atletas, na ordem de R$ 30 milhões em fluxo de caixa para pagamento em 2025. Quando falo fluxo de caixa, não estou dizendo que limitamos as nossas contratações em R$ 30 milhões no valor das transferências, mas que o valor das transferências que devem ser pagas em 2025 totalizem no máximo R$ 30 milhões de reais. E estamos cumprindo rigorosamente isso.
– A contratação do Thiago Mendes já preenche um pressuposto diferente. Técnico, avaliado pelo futebol, e é um atleta que qualifica o grupo de titulares e não tem um custo de transferência de pagamento para o terceiro clube. E isso faz com que não tenhamos um desencaixe maior no investimento e um custo maior de folha de pagamento. Estamos trabalhando com perfis de contratações e que não temos, para esta janela, uma capacidade de contratação de atletas de alto valor econômico.
“Temos capacidade para fazer grandes investimentos na janela? Não, não temos. Isso significa que não vamos trazer outros jogadores como fizemos Thiago Mendes? Provavelmente não vai significar isso, mas vamos buscar alternativas através de atletas livres, empréstimos e situações pontuais que o mercado possa nos oferecer enquanto a janela estiver aberta”, concluiu Amodeo.
Quando o Vasco vai poder competir com os rivais do Rio de Janeiro? Pedrinho responde:
– Eu não vou dar data de nada porque são muitas variáveis. Eu não vou prever quando o Vasco vai ser campeão. A gente pode ter um parâmetro, com ou sem investidor, um prazo de quitação das dívidas onde vamos ter um nível de receita melhor para contratar jogadores melhores. Quando eu digo que são variáveis difíceis de serem controladas, o Mirassol é um grande time, faz um trabalho excepcional, é muito estruturado, tem um ótimo treinador, mas se você pegar os 11 jogadores do Mirassol e botar no Vasco, e com todo respeito a todos eles, que jogam muito, a torcida não vai gostar.
Pedrinho, sobre dizer que o Vasco tinha elenco top-8 no Brasileirão
– Para deixar claro, aquela declaração (sobre elenco top-8) eu coloquei o Vasco como se estivesse em oitavo. Eu quis comparar o Vasco em oitavo com as equipes que estão até a 20ª colocação antes de começar o campeonato. Esquece essa avaliação depois de uma derrota e não faça também depois de um 3 a 0 no São Paulo, faça de cabeça fria. Pega o Léo Jardim e compara do oitavo ao vigésimo, pega o PH, faz jogador por jogador. A gente bate seis ou sete jogadores que são melhores. Nessa frase que eu falei, eu falei que o Vasco estava entre os oito e o que ia fazer o Vasco terminar mais para frente ou mais para trás seria o desempenho. Essa foi a minha frase. Mas o contexto não serve, só serve quando toma porrada em um jogo e dizer que eu falei uma grande asneira.
Como estão as negociações para vender a SAF?
– A gente contratou uma das maiores empresas, que é a G5, para colocar em prática a operação de compra e venda, e a gente está muito empenhado nisso. Se a gente trouxer o investidor a gente encurta o prazo para pagar as dívidas, que acho que isso deveria ter sido o ponto principal no contrato anterior com o antigo sócio, pagar as dívidas. Imagina o investidor chegar aqui e colocar R$ 1 bilhão em contratação e não pagar o R$ 1,4 bilhão de dívidas que o Vasco tem. É o ataque à dívida. Não vai ser mais nesse valor porque, por meio da RJ, vai ter um deságio muito grande. A gente praticamente cai pela metade a dívida num espaçamento grande para pagar. Com esse espaçamento, você gera fluxo de caixa porque o que sai é muito menor e consegue dar vida para contratar. Eu não vou dar prazo. A gente imaginava chegar numa semifinal no ano passado, com sinceridade? Não. Eu imaginava este ano estar nessa situação? Não, imaginava estar mais para frente. Não posso prometer quando a gente vai ganhar título. Eu posso prometer comprometimento, dedicação e trabalho duro para o torcedor.
Você quer vender a SAF?
– Claro que eu quero vender, mas não adianta. Quantas vezes eu não vim aqui e disse que quero vender? Mas, como não vende, parece que não quero vender. Não tem um investidor, o clube não precisa funcionar? Eu faço o quê? Vou ficar sentado, não busco recurso, não busco patrocínio. Meu cenário é o seguinte: se não tem investidor, o que eu faço para o clube ser autossustentável. A gente criou todo o processo. Mesmo que o Vasco tivesse R$ 1,4 bilhão de dívida e não fosse SAF, fosse só associação, o Vasco teria que fazer uma recuperação judicial. Se o investidor chegar, os processos são acelerados. E é o que eu desejo. O meu desejo é que apareça o investidor. A gente tem a G5 trabalhando nisso, com alguns processos de avaliação, mas quando tiver uma proposta… É o que eu desejo. Se as pessoas querem acreditar ou não, eu não tenho como fazer isso. Só vão acreditar quando eu vender?
Reestruturação financeira
– Estamos nos reestruturando de uma forma melhor que do ano de 2024, mas um exemplo é a proposta para vender o jogo do Corinthians por R$ 4 milhões limpo, e eu não aceitei respeitando o pedido do executivo. Cabe não aceitar porque podemos criar movimentos para abrir mão de vender esse jogo. E sei que é muito ruim ouvir o que eu estou falando, e para mim também. Como vascaíno queria estar falando de diversas contratações. É tentador, mas não é o meu perfil conseguir ter um atitude e não honrar com elas. Quando eu faço um comentário da TV e como presidente tenho atitude diferente, porque aqui tenho que ter atitudes diferentes. Continuo com as mesmas convicções, mas não consigo executá-las na hora que eu quero, mas em algum momento eu vou conseguir colocar em prática. Poderia ter a irresponsabilidade de fazer contratações e não pagar. Primeiro ia ter conflito no elenco, e segundo estaria fazendo práticas que não são condizentes com o que eu penso e que levaram o Vasco a esse estado financeiro caótico.
– É doído porque estamos nesse processo, mas os nossos rivais estão competindo e isso gera uma raiva muito maior nas pessoas. Só quero que tenham a racionalidade. Também queria estar no Mundial, também queria estar disputando títulos, mas isso vai chegar. Entendam a realidade, vamos passar por esse processo e vamos colher bons frutos. Queremos ser competitivos, queremos lutar lá em cima, não queremos passar sufoco. Isso é que eu desejo, mas não vou contar mentira para o torcedor. O único ponto que eu falei e não cumpri foi a questão do potencial construtivo porque não estava assinado. E eu assumi isso. Tinha que esperar assinar e não assinou. Foi um experiência para mim.
Sobre os relatos de agressão da diretoria, o mais recente na terça-feira passada, o que você pretende fazer?
– Tem gente que já me conhece há bastante tempo. Alguém acha de verdade que eu mandaria agredir alguém? De verdade. Quem me conhece acha que eu mandaria? Para ser muito claro com o que vai acontecer com o Krav, nós empatamos com o Del Valle, eu estava vendo o jogo com o Admar, o Léo Matos e o Biro. Faltando cinco minutos eu pedi para o Léo Matos e Admar descerem que eu ficaria ali sozinho. Eu não sei precisar, mas fiquei trancado por 1h30 no camarote. Ali eu fico sofrendo por tudo que aconteceu no jogo, na ida, pelo que aconteceu dos gritos, estava ali na minha reflexão. Depois disso eu desço, nem passei no vestiário porque deduzi que os jogadores já tinham ido embora. Eu cumprimento algumas pessoas de passagem, entro no meu carro e vou para casa. Durmo lá pelas 5h da manhã e acordo com a notícia desse episódio.
– Não sabia do episódio, quem era esse menino. Me contaram o que esse menino tinha feito, depois assisti ao vídeo. Para deixar claro, eu nunca mandei e nunca vou mandar agredir ninguém por qualquer tipo de críticas que façam a mim. Nunca foi o meu perfil e nunca vai ser. Ele afirma isso no vídeo dele e vai ter que provar isso. Outra coisa grave que ele fez, que eu soube ontem, que ele nas redes sociais pediu linchamento, passou meu endereço. Por coincidência, aconteceu um episódio no meu condomínio muito suspeito. Quando eu soube que ele fez isso, eu já associei a uma possível situação desconfortável. Eu quero deixar claro para ele que a emoção das pessoas não dá direito a nada, a agressão, a incentivo a violência e muito menos a divulgar meu endereço. Então a partir de hoje, qualquer coisa que aconteça comigo ou com minha família, ele é suspeito. As pessoas não têm direito, por causa do futebol, de achar que podem fazer tudo. Não podem. Aceito críticas, aceito xingamento. Eu sou ameaçado de morte o tempo inteiro, mas ele passou dos limites quando ele publica o meu endereço. Passou do limite quando disse que vai morrer, mas vai me levar junto.
– Eu não posso nem responder uma pergunta que possa dar a entender que eu possa agredir alguém. Essa prática nunca foi minha pelo contrário. É uma prática que existia no Vasco e que eu sempre abominei. Sempre. Com relação a briga política, eu não brigo com ninguém. As pessoas que passam o dia inteiro falando de política me agredindo. As pessoas começam a fazer campanha e esquecem do Vasco. Eu estou lutando pelo Vasco, não estou lutando pelo Pedrinho. Se eu quiser fazer reeleição ou entregar o cargo, isso é problema para o final do ano, para o final do meu mandato. Agora minha preocupação é com o Vasco. Erro para car***, muito, devo errar muito pelo nível de cobrança. Sei que envolve todo um contexto de 20 anos, mas sei que estou fazendo o meu melhor. A torcida está de saco cheio, eu entendo. Não vou pedir paciência, como falei. Ou a gente entende e corre junto… A torcida tem o direito de não acreditar, mas a gente é muito forte com ela. Ela nunca nos decepcionou e nunca vai nos decepcionar. A ponto de a gente tomar uma goleada firme fora do país e a gente ter o estádio com um público considerável, com a torcida acreditando até o final. Só tenho que agradecer à torcida do Vasco e pedir desculpa. Agradeço muito a todos os funcionários que não aparecem, que estão melhorando a estrutura no centro de treinamento. Merecem todo o respeito.
Venda da SAF. Como e quando fazer?
– Eu não vou ser tão radical. Questão da 777 eu acho que foi isso, não foi retomada, fui obrigado a entrar com a ação. Nunca foi minha intenção. Não tinha desejo que a empresa falisse. Só que aconteceu tudo diferente. Com relação ao futebol, eu concordo, mas tiro o peso disso. Devido ao sucesso que fiz na TV se criou muita expectativa, de que eu chegaria e o futebol ia voar e eu entendo que comentário é uma coisa, e no futebol é diferente. Mas não acho que os departamentos e processos são desastrosos. Como a minha figura vem da associação pela intervenção, as pessoas acham que não tem profissionalismo. Todos os departamentos erram e acertam. A gente tem que ir na métrica financeira, que é um peso. Mas concordo que temos que melhorar muito.
– Outro aspecto que é do estádio. Quando eu entro para me tornar candidato, o projeto era o estádio. Desejo que isso aconteça e temos a opção de compra com investidor de 100% do potencial. Ele tem 90 dias para executar, já se passaram 30, faltam 60. Dentro desses 60, se eles não exerceram, buscamos outro investidor. Em nenhum momento eu enganei, desde o início sempre foi verdade.
– Acaba que o modelo de investidor (da venda da SAF) a gente têm que ouvir o que ele propõe, mas ainda não teve isso. Posso ter um investidor que queira um retorno financeiro, ou que queira comprar porcentagem da base e então teremos que fazer o cálculo de quanto a gente vende e por quantos anos, ou ter o investidor que chega e queira comprar os 70%. Tudo isso é discutido. O Vasco está muito aberto. Não fechamos um modelo porque precisamos de dinheiro novo. Então estamos abertos para ouvir o que pode gerar receita nova para o clube. É lógico que se for uma modelo de compra, serão estabelecidos alguns critérios, e assim como outros. Eu não estou preocupado com a reeleição. Entrei para fazer um trabalho, que era associação, mas pulo de lado. Estou tentando fazer o meu melhor e vou fazer. Ao término disso, se chegar à conclusão de que vou tentar, eu vou buscar a reeleição ou que não quero mais, não quero mais… Tento não tocar nesse assunto para não trazer a política para dentro do clube. Mas a minha intenção é fazer meu melhor e estou dando o máximo. Pode ter certeza que ouvimos muitas críticas, e as boas a gente tenta exercitar. As que tem viés político, não demos valor.
Qual critério para manter o Felipe no cargo de diretor técnico?
– O Felipe tem todas as licenças para exercer inclusive um cargo executivo, todas as licenças da CBF para treinador. Felipe é um grande treinador de futebol, apesar de não ter conseguido naquele momento bons resultados. É um cara de grandes ideias. Ele não está ali porque é meu amigo, se não outros que me criticam hoje estariam ali. A questão do Felipe é que, de repente, a forma como ele se comunica ou se comunicou no episódio com o Liniker não foi adequado. Isso causou uma imagem muito ruim. Quando ele citou a questão do Capasso, que era uma ativo do clube, mas esse próprio ativo muitas vezes desvalorizou o maior patrimônio do clube, que é a instituição, com algumas postagens sobre alguns patrocinadores. E diversos outros comportamentos que dentro do elenco eram completamente insustentáveis. A gente pode avaliar a forma como o Felipe falou com o Liniker, que eu concordo que não foi a melhor. Se a gente pega o corte do ano passado, ele é bom, se pega o corte deste ano, ele é ruim. Depende da janela que você quer olhar. O que permanece ele no cargo é a capacidade que ele em. Quando o Diniz fala dele, ele não fala para agradar, o Diniz não faz média, não. O Diniz não vai se expor por alguém que não agrade a ele. Pode ter certeza disso. A forma como o Felipe se comunica de repente não é a melhor? Pode não ser. Mas a capacidade de entendimento e de entrega pode ter certeza que é grande para a gente
O Marcelo Sant’Ana não tinha tanta influência nas contratações…
– Isso foi oque ele falou, e eu respeito o Marcelo. O Marcelo é um cara inteligentíssimo. Quando a gente vai para o Marcelo, ele é um cara muito capacitado mesmo. Ele foi presidente do Bahia, iniciou um projeto de reestruturação do Bahia, depois ele cede a cadeira e estava no América-RN. A gente pensou fora da caixa para trazê-lo. Quando ele sentou na cadeira de executivo, a gente fez uma avaliação interna desde o começo sobre questão de dinamismo e tal. Não é de capacidade intelectual, não. Pelo contrário, ele é muito bom. E na saída dele, a gente respeita a postagem que ele fez, mas é uma postagem que não foi verdadeira. Marcelo opinava em tudo porque ele era o executivo da pasta, como é o Admar. Vai ficar palavra por palavra. As pessoas criaram que quem manda é o Felipe e vão repetindo. Como criaram que o Felipe ganha R$ 1 milhão, como criaram que o Coutinho ganha R$ 1,7 milhão. É muita mentira, cara. Mas eu não tenho tempo para ficar respondendo isso tudo. É muita sacanagem. Tem muita gente que se diz Vasco que não deixa o Vasco andar, cara. Não estou falando para fazer média. Precisamos melhorar nas contratações? Precisamos. Dentro do orçamento que a gente tem? Sim. De repente tentar uma resposta mais segura, que foi o que o Admar falou.
Por que o Marcelo foi demitido e o Felipe, não?
– Porque um é avaliação técnica e o outro é avaliação no mercado. Avaliação técnica passa por um contexto, não só pelo Felipe. Passa pelo scout, análise de desempenho, aí a gente vai para o dinamismo no mercado. De repente o jogador que era para vir não vem pela falta de dinamismo, aí tem que vir outro jogador que não era da primeira prateleira da avaliação técnica
Fonte: ge
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