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Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Fernando Diniz após Vasco 2 x 2 Ceará

Fernando Diniz se disse frustrado com o empate por 2 a 2 do Vasco com o Ceará, na noite deste domingo, em São Januário. O treinador admitiu em entrevista coletiva após o jogo que o time poderia ter tido melhor atuação, mas afirmou que erros são comuns no futebol depois de o time sofrer dois gols com vacilos individuais, um deles no último minuto de jogo.

— O lance do PH ele podia ter chutado a bola e não chutou. Foi uma escolha dele. Quantas bolas ele chutou contra o Botafogo para frente? Chutamos muito mais do que saímos jogando. Isso é uma escolha do jogador e erros acontecem. Erros individuais então… hoje teve erro individual mais claro do que das outras vezes. Não vi erros individuais claríssimos, como você colocou no Atlético-MG, ou no Grêmio, Bragantino. (…) Futebol é um jogo de erro. Hoje tivemos erros que não costumamos cometer — disse Diniz.

O primeiro aconteceu aos 15 minutos do primeiro tempo, quando Mateus Carvalho errou a saída de bola. O segundo foi aos 49 da segunda etapa. Willian Machado fez um lançamento longo para Fernandinho, Paulo Henrique foi mal na disputa com Paulo Henrique. No rebote de Léo Jardim, Pedro Henrique tocou para o gol vazio.

— São dois erros que nem tínhamos cometido parecidos e levado o gol. Lamentamos, é muito triste e frustra todo mundo, principalmente a torcida. A torcida tem que ficar triste mesmo e sofrida. Todo mundo tem que ficar sofrido. O time não é que não performou, mas estava jogando muito bem no primeiro tempo até sofrermos o gol. A gente estava em cima do Ceará, com a marcação encaixada, o Ceará produzindo pouco. Depois que tomamos o gol demos uma desestabilizada, desorganizamos um pouco. No segundo tempo melhoramos na volta, depois desorganizamos de novo — analisou.

Diniz também defendeu a presença de Vegetti durante os 90 minutos. O atacante vem sendo bastante criticado pela torcida. Ele tem quatro gols nos últimos 10 jogos e em apenas duas oportunidades não ficou a partida inteira em campo.

— É uma pergunta meio recorrente. Eu não via motivos para tirar o Vegetti do jogo hoje, precisávamos de gente para fazer gol. Coloquei o David, que é um cara que tínhamos no banco e mais se aproximava de jogar um pouco dentro da área. Independente se estivéssemos com um jogador a mais ou não, era um jogo que ia terminar com muitos cruzamentos. Ele (Vegetti) é um cara especialista. Não está fazendo gol, principalmente na especialidade dele, de cabeça. Mas é um jogador que, mesmo quando não faz gol, está lá, a bola sobra para outro. É um cara que contribui muito na parte tática, na bola aérea, e é um jogador em quem acredito. Não quer dizer que não vá sair (do time titular). Hoje, não era um jogo em que eu achava que ele tinha que sair. Não achava de maneira nenhuma — disse.

Com o resultado, o Vasco ficou no 15º lugar, com 23 pontos. O time não vence pelo Brasileirão em São Januário desde 17 de maio. A equipe volta a campo no próximo domingo (21) para o clássico contra o Flamengo às 17h30 no Maracanã. Na sequência, ainda tem Bahia, Cruzeiro e Palmeiras.

— Acho que o resultado é muito frustrante. Mas tem que impactar de alguma forma positivamente. Como foi do Corinthians para o Botafogo. A gente tem que trabalhar e melhorar. Não tem o que fazer. Obviamente o jogo de quinta-feira tinha uma característica diferente. Terminou quase meia-noite contra o Botafogo. Depois do jogo teve a comemoração, mais uma descarga de energia tanto física quanto emocional. Acho que a equipe, com menos de 72 horas para fazer outro jogo, até que se recuperou bem e se comportou bem até tomar o gol. É uma equipe que tem evoluído muito e em muitos aspectos. O que mais frustra é que São Januário é a casa do Vasco, é onde o Vasco é mais forte. Isso era uma coisa que a gente tinha hoje muito dentro de nós: voltar a vencer em São Januário. Frustra muito por isso. Perder dois pontos com um jogador a mais em São Januário. Em relação ao Flamengo, temos uma semana para trabalhar, temos que nos refazer rapidamente e procurar fazer o nosso melhor. Fazer uma partida que fizemos dentro do padrão como foi contra o Botafogo ou melhor.

Veja outras respostas de Diniz:

Jogo

— O Ceará é um bom time. Se pegar os resultados deles, quase todos os jogos são empate, perde ou ganha pelo placar mínimo. É um time com defesa sólida, não é fácil. Tem seus méritos. Poderíamos ter jogado melhor. A equipe estava com boa desenvoltura até tomar o gol, depois se perdeu um pouco. Quando teve a expulsão tivemos, talvez, nosso melhor momento, soubemos aproveitar com as mexidas, tivemos chance de fazer o terceiro e depois o quarto gols, mas não fizemos. Infelizmente levamos o gol no lance derradeiro da partida.

Atuações de Nuno Moreira e Philippe Coutinho

— Acho que os dois jogaram muito bem hoje. Nuno jogou muito bem, principalmente quando foi para a posição de segundo volante, produziu melhor ainda. Coutinho fez uma partida muito boa. Além do gol, foi muito assertivo, errou quase nada no jogo. Gostei muito dos dois.

O que o Vasco ganha com Vegetti em campo

— É uma pergunta meio recorrente. Eu não via motivos para tirar o Vegetti do jogo hoje, precisávamos de gente para fazer gol. Coloquei o David, que é um cara que tínhamos no banco e mais se aproximava de jogar um pouco dentro da área. Independente se estivéssemos com um jogador a mais ou não, era um jogo que ia terminar com muitos cruzamentos. Ele (Vegetti) é um cara especialista. Não está fazendo gol, principalmente na especialidade dele, de cabeça. Mas é um jogador que, mesmo quando não faz gol, está lá, a bola sobra para outro. É um cara que contribui muito na parte tática, na bola aérea, e é um jogador em quem acredito. Não quer dizer que não vá sair (do time titular). Hoje, não era um jogo em que eu achava que ele tinha que sair. Não achava de maneira nenhuma. Se tivesse mais um jogador alto, ia fazer talvez (um esquema) com dois centroavantes, porque o jogo ia acabar tendo muito cruzamento, como teve. Acabamos fazendo gol de cruzamento, tivemos outras chances também. O Ceará é um time que, quando a gente vai andando com a bola e ganhando campo, se tranca muito e as jogadas acabam saindo mais pelo lado. Hoje a gente precisava de presença de área, não de um 9 móvel. Poderíamos até ter. Se fosse um 9 móvel que chega na área, tudo bem. Se não a gente fica pensando no jogo contra o Santos, que não tem nada a ver com as características do jogo de hoje. Um jogo que tinha espaço, Santos jogava com a linha mais alta. No jogo de hoje, íamos empurrando o Ceará para trás e precisávamos de gente na área. Como que eu ia tirar o jogador que tem mais presença de área do time? Não tem nem sentido. Se fosse um jogo com outra característica, tudo bem. Talvez, dos jogadores que jogaram aqui, é quem menos deveria sair.

Qual o sentimento de perder o jogo com um gol no final?

— Acho que o resultado é muito frustrante. Mas tem que impactar de alguma forma positivamente. Como foi do Corinthians para o Botafogo. A gente tem que trabalhar e melhorar. Não tem o que fazer. Obviamente o jogo de quinta-feira tinha uma característica diferente. Terminou quase meia-noite contra o Botafogo. Depois do jogo teve a comemoração, mais uma descarga de energia tanto física quanto emocional. Acho que a equipe, com menos de 72 horas para fazer outro jogo, até que se recuperou bem e se comportou bem até tomar o gol. É uma equipe que tem evoluído muito e em muitos aspectos. O que mais frustra é que São Januário é a casa do Vasco, é onde o Vasco é mais forte. Isso era uma coisa que a gente tinha hoje muito dentro de nós: voltar a vencer em São Januário. Frustra muito por isso. Perder dois pontos com um jogador a mais em São Januário. Em relação ao Flamengo, temos uma semana para trabalhar, temos que nos refazer rapidamente e procurar fazer o nosso melhor. Fazer uma partida que fizemos dentro do padrão como foi contra o Botafogo ou melhor.

Como evitar os erros

— O Paulo Henrique é um dos jogadores que mais entrega coisas positivas no time. Hoje foi um lance pontual. Tanto é que estava selecionado para a seleção brasileira. São coisas que não tem controle. O lance do Paulo Henrique, da saída. São coisas treinadas e fáceis. Os erros de hoje foram até mais evitáveis que outros. A gente tem que parar de errar. A gente errou e eles tiveram assertividade. Erramos mais umas duas vezes ainda. O Ceará teve umas cinco chances de gol e pelo menos quatro nós que entregamos. Coisa que não aconteceu contra o Botafogo, mas hoje ofereceu chances que não estava oferecendo. Nem contra o Corinthians. A gente errou o do primeiro gol e teve mais um dois erros de saída que treinamos muito para que não aconteça. Vou continuar trabalhando para otimizar o time e esses erros não voltarem a acontecer.

Dificuldade na transição dos jovens

— (Superioridade de jovens da base) é uma questão de opinião sua, que eu respeito, mas eu tenho um olhar bastante carinhoso com a base. O GB, por exemplo, é artilheiro da base. Quando eu botei, todo mundo criticou. Se tivesse colocado um jogador da base e ele tivesse ido mal, iam criticar. Eu tenho responsabilidade para lançar, não é só um desejo. Um desejo porque você acha que na base os times ganham campeonato, fizeram 4 a 1 no Flamengo e vão jogar no Campeonato Brasileiro. Quando você bota e erra a mão, você prejudica muito o jogador, porque depois você precisa voltar com ele, perde confiança, é muito difícil. Não é fácil assim. O desejo da torcida é fácil, eu entendo. Estou aqui para tentar fazer o melhor pro Vasco. O Barros é um jogador da base? Titular do time hoje. O Cocão é um jovem, hoje cometeu uma falha. Tem todos esses volantes, mas tem um da base. Ou você acha que é pegar um jogador da base, ir lá e botar para jogar de titular? A transição nós vamos fazendo. Temos seis volantes, não dá para pegar um da base sem treinar e botar para jogar, porque se ele for mal vai acontecer o que eu te falei. A gente quer que ponha, mas que ponha e resolva. O Vasco quer ganhar jogo. Se botar um da base e não for bem, vai ser criticado e é muito difícil. A gente acaba perdendo muito mais jogador da base assim.

Opção por Lucas Oliveira entrando como volante

— Já tínhamos treinado com essa possibilidade. O Nuno é um jogador muito inteligente. Era um jogo que a gente tinha muito mais posse e acho que o Nuno ainda conseguiu produzir mais jogando de 8 do que ele estava jogando no primeiro tempo. Foi uma solução que encontramos, o time melhorou. Quando teve a expulsão, eu tirei o Barros e ainda botei o Nuno de 5 e o Coutinho de 8. Depois esperei um pouco e refiz o time. A posição de origem do Oliveira é volante. Ele foi improvisado ao longo do tempo para zagueiro, mas é volante de origem. No Tigres, Atlético-GO, no Cruzeiro, quando jogou de volante e de zagueiro. Não foi muito uma improvisação. E o Robert Renan também poderia jogar de volante. É um jogador que tem qualidade para isso. A ideia de o Oliveira entrar era que ele conhece a posição, já tinha treinado na posição. A chance que eu achava que a gente tinha de tomar gol do Ceará era de bola parada. Demos uma crescida no time com o Oliveira. Colocamos o Paulinho, porque o Nuno e o Coutinho estavam cansados. Teve muita coerência e não deixamos de ganhar o jogo pela entrada do Oliveira de volante.

Planejamento para o clássico contra o Flamengo

— É uma possibilidade (montar a zaga com Cuesta e Robert Renan). Temos a semana toda para montar o melhor time para jogar contra o Flamengo.

Nuno como segundo volante

— Ele treinou de 8. Poderia iniciar do jeito que entrou depois, ou com Andrés Gomez ou com David. Era um jogo que não teve muitas surpresas. Era um jogo que íamos ter posse e na minha cabeça fazia sentido. Quando foi para oito era claro que a chance era maior de dar certo. Não sofremos na marcação por conta da presença dele ali. Sofremos por conta da organização do time. A gente teve um desencaixe de marcação isso fez com que o Ceará tivesse espaços no meio-campo. A gente não estava com linha alta quando tomou o gol. A gente gosta de jogar pressionando, mas tomou o gol com um jogador a mais com o time todo atrás da linha da bola. Estavamos tentando nos adequar. Nós tentamos nos resguardar, mas isso não significa que não íamos tomar gol. O jeito que agente tomou o gol é provavelmente a única forma que eu não pensei que tomaríamos.

Tchê Tchê

— O Tchê Tchê a gente vai com calma. Esperar ver como evolui. Não consigo dizer com calma agora, nem falar do resultado de imagem. Tem que saber como ele evolui e durante a semana vamos saber. Não teve um episódio muito traumático, diferente do que foi contra o Corinthians.

Por que o Vasco com Diniz tem dificuldade na mudança do estilo de jogo

— Hoje aconteceram erros. Já fizemos muito mais gols do que deixamos de fazer por conta do erro do primeiro gol. Quando a gente sai costurando lá de trás, demora para sair o gol na frente, então parece que não fazemos gol porque saímos jogando. E não é isso. É muito difícil tomarmos um gol como tomamos hoje, um erro de passe simples como foi no primeiro gol. O time não tem nenhuma dificuldade de fazer adaptação no jogo. Quantas bolas longas fizemos contra o Botafogo? Contra o Ceará, a gente errou porque errou, o jogo não estava difícil para jogar curto. O lance do PH, no fim, não tem nada a ver com sair jogando. Ninguém tentou sair jogando. Não fez nada ali. Não tentou dar a bola no goleiro, não tentou chutar, nada. Não dá para você atribuir o segundo gol ao jeito de jogar. O primeiro, até concordo. Mas (o segundo) não era uma bola difícil de jogar, e o time tem muitos ganhos. Contra o Santos, fez seis gols, uns dois saíram de trás, aí está tudo bem. Você quer o que, que a gente só chute bola longa? O time tem variado o jogo. Se você tiver boa vontade para ver, é fácil. Contra o Botafogo, principalmente, a gente saiu muito mais com bola longa do que curta. Hoje, era um jogo que não precisava sair tanto, a gente não tinha era que errar coisa fácil. Senão, vamos ser um time… Aí quando tinha outro treinador aqui que fazia bola longa, era porque fazia bola longa. Ficamos em cima do resultado e fica essa injustiça, esse massacre, e a gente não informa o torcedor. O torcedor está triste? Está triste, eu também estou. Mas a gente não vai resolver os problemas arrumando outros. Eu não estou aqui para afastar o problema, estou aqui para resolver. O problema é ganhar jogo, não é jogar bem. Jogou muitas partidas bem e não ganhou. Hoje, se tivesse vencido, estávamos aqui festejando. Dos meus trabalhos, é o time que mais varia jogo. Temos o Vegetti na frente que disputa bola, Rayan que é veloz. Se você pegar o número de vezes que a gente saiu limpo, com chance de marcar, foi muito maior do que os erros que a gente cometeu. A gente treina para não cometer erros. O time vai evoluir aprendendo, jogando e ficando mais competitivo.

Cuesta

— Acho que fez uma boa estreia, não só pelo gol. Um jogador que eu já conhecia, já tinha mapeado em outras ocasiões quando estava em outros clubes. O Lucas Freitas tinha acabado de tomar cartão amarelo na hora que eu fui fazer a substituição. Uma das coisas era ter um jogador com o pé direito lá porque a gente tinha muito avanço por aquele lado e o Robert, às vezes, tinha que cortar para dentro para achar outro tipo de passe. Teríamos o Robert, que estava bem no jogo, com o pé esquerdo, e o Cuesta do outro lado, com o pé direito. Embora fosse a troca de um zagueiro pelo outro, a gente iria acabar explorando aquele corredor lateral com o Cuesta, que foi o que acabou acontecendo.

Fonte: ge 

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