Giovanni Augusto cita salários atrasados e critica diretoria do Guarani: “Clube está largado”

O jogador aproveitou uma postagem de uma página de torcedores nas redes sociais para desabafar e se defender das críticas que vem recebendo dos alviverdes.

O jogador de 33 anos chegou ao Brinco de Ouro no início de 2022, com contrato apenas para o Paulistão. Depois estendeu o vínculo por mais uma temporada e deixou o clube na última semana.

De acordo com o meia, houve atraso de salário durante a sua passagem pelo clube. Ele também reclamou da falta de transparência.

– Eu voltei para o Brasil para resolver uma situação familiar e depois retornaria para o México. Pensei que seria tudo muito rápido, mas precisei ficar mais tempo e segui no Guarani ganhando muito menos do que clubes das séries A e B me ofereceram. Seria mais fácil continuar no clube porque estava adaptado, a logística para resolver minhas situações familiares seria melhor e o clube até então estava honrando com suas responsabilidades. Mas no meio do ano passado tudo mudou. O torcedor tem a visão que está tudo mil maravilhas, mas é o contrário. O clube está largado, falta transparência e não honram com os pagamentos em dia. Prova disso foi a gente ter recebido nossos dias trabalhados no final do ano somente no dia 23 de dezembro. No último ano, inclusive, fizemos vaquinha para ajudar os funcionários.

A reportagem entrou em contato com o clube, via assessoria de imprensa, solicitando um posicionamento sobre as declarações de Giovanni Augusto. Até o momento da publicação da matéria, não houve resposta.

Com contrato até o dia 30 de abril, Giovanni Augusto precisou entrar em acordo para rescindir o contrato e acertar com o Vitória e chegou a entrar na Justiça para buscar a liberação antecipada.

– A janela de transferências iria até o dia 4 de abril, sendo assim procurei um acordo com o clube no qual eu iria abrir mão de receber qualquer centavo (…) e a resposta que eu tive do presidente foi que não, que eu teria que cumprir até o último dia de contrato meio que me obrigando a assinar uma renovação.

– O que o Guarani tentou fazer comigo foi um desrespeito sem igual, pois estavam prejudicando não só um atleta, mas também um pai de família que precisa trabalhar para dar o melhor para os filhos e família. Diante disso, infelizmente, não tive outra opção e acionei a Justiça para ir atrás dos meus direitos. (…) Meu advogado recebeu a ligação do Guarani para fazer um acordo e aceitamos na hora. Eu só queria seguir minha vida sem atrapalhar ninguém. Estou em paz pela minha passagem no clube, procurei ajudar da melhor forma possível e saio de cabeça erguida – completou.