Há cinco anos, Vasco vencia o Atlético-MG em estreia no Brasileirão; relembre

O contexto das duas equipes era bem diferente do atual. O Vasco em 2018 estreava no Campeonato Brasileiro em meio à disputa da Copa Libertadores. Após uma campanha de recuperação com Zé Ricardo no Brasileirão de 2017, a equipe de São Januário conquistou vaga na competição internacional e ficou no Grupo E, com Cruzeiro, Racing e Universidad de Chile.

O time de Zé Ricardo vinha de um amargo vice-campeonato estadual, perdido nos pênaltis para o Botafogo. O grande destaque da equipe era Paulinho, hoje no Atlético-MG, rival da estreia no Brasileirão. No entanto, o atacante, ainda com 17 anos, havia acabado de se lesionar contra o Cruzeiro, pela Libertadores, e foi vendido semanas depois para o Bayer Leverkusen sem voltar a campo.

Em outro nível de protagonismo do qual está hoje, o Atlético-MG chegava para a abertura do Brasileirão após um vice do Campeonato Mineiro para o Cruzeiro. Comandado por Thiago Larghi, o Galo tinha em Ricardo Oliveira e Róger Guedes a esperança de um bom Campeonato Brasileiro.

Em São Januário, o Atlético-MG abriu o placar cedo. Aos 13 minutos, Otero fez um golaço. O meia chutou de fora da área, escorregando, e mandou no ângulo de Martín Silva. O time de Zé Ricardo tentou a reação, mas parou em Victor, que fez uma grande partida.

Apenas no fim do segundo tempo saiu o gol. Aos 40, Wagner empatou o jogo para o Vasco, de canhota. Aos 52 minutos da etapa final, Rildo arrancou pela esquerda e foi derrubado por Bremer, zagueiro da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2022. Yago Pikachu cobrou a penalidade e converteu, dando a vitória ao Vasco.

Vasco: Martín Silva, Rafael Galhardo (Rildo), Paulão, Werley, Henrique; Wellington (Andrés Ríos), Desábato, Yago Pikachu, Evander, Wagner e Riascos (Thiago Galhardo). Técnico: Zé Ricardo.

Atlético-MG: Victor, Patric, Bremer, Gabriel e Fábio Santos; Elias, Gustavo Blanco (Yago), Otero (Erik), Cazares (Róger Guedes), Luan e Ricardo Oliveira. Técnico: Thiago Larghi.

Apesar da vitória na estreia, o Vasco fez um Brasileirão bem ruim. Zé Ricardo pediu demissão do clube, de surpresa, após eliminação na Libertadores e uma oscilação no Brasileirão. Jorginho não vingou e coube a Alberto Valentim a missão de salvar a equipe do rebaixamento.

Na última rodada contra o Ceará, em um empate tenso, o Vasco garantiu a permanência na Série A, com 43 pontos, na 16ª colocação – a equipe que já não tinha mais Martín Silva, Evander e Paulinho, destaques no início do ano, e depois contou com Fernando Miguel, Máxi López e Marrony.

O Atlético-MG fez uma boa campanha e terminou a competição em sexto lugar, o que garantiu uma vaga na pré-Libertadores. Ricardo Oliveira, com 13 gols, foi vice-artilheiro do campeonato.

Ao contrário do cenário de cinco anos atrás, o Vasco começa o Brasileirão de 2023 com atenções voltadas exclusivamente ao campeonato. De volta à Serie A após duas temporadas e eliminado da Copa do Brasil, a promessa é fazer uma temporada sem sofrimentos para a torcida vascaína, com a chegada dos jogadores contratados com o aporte da SAF.

O Atlético-MG, com elenco formado e entre os mais valiosos do país, está em outro nível. A briga do Galo é pelo título do Campeonato Brasileiro, tentando repetir o sucesso de 2021 – quando conquistou a Copa do Brasil e o Brasileirão – após um 2022 decepcionante.

O Vasco enfrenta o Atlético-MG no sábado (15), às 21h, no Mineirão, em Belo Horizonte, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2023.

Fonte: Ge