Marlene tira peruca e evidencia alopecia em Vai na Fé; entenda o que é e como tratar a doença
No capítulo dessa quarta-feira, 19/04, de Vai na Fé, Marlene tirou a peruca pela primeira vez e revelou o motivo que a leva a esconder seus cabelos verdadeiros. Na trama escrita por Rosane Svartman, a personagem interpretada por Elisa Lucinda sofre de alopecia areata, uma doença inflamatória que provoca queda de cabelo resultando em falhas circulares frequentemente no couro cabeludo ou na barba.
No caso da mãe de Sol (Sheron Menezzes), as falhas são no couro cabeludo e foram criadas pela equipe de caracterização da novela comandada por Lu Moraes. Na vida real, Elisa Lucinda não sofre de alopecia. Mas, ao assumir o problema, a personagem passará a aparecer, nos próximos capítulos, com o cabelo original da atriz.
Elisa Lucinda com a peruca de Marlene e os cabelos originais para Vai na Fé — Foto: Globo e Reprodução
Aliás, Marlene terá uma ajuda fundamental no processo de aceitação da alopecia. A personagem iniciará tratamento no SUS e contará com a ajuda de Bruna (Carla Cristina Cardoso) para esconder as falhas com penteado.
O que é alopecia?
Mas quando a gente fala de alopecia, primeiro, é importante entender a origem da doença, que pode ser autoimune, genética ou traumática. Na trama, no caso de Marlene, a alopecia areata tem origem emocional e se desenvolve após a personagem ficar viúva e ter que ajudar a filha a cuidar das netas e da casa.
Independentemente da causa, a alopecia afeta a autoestima de mulheres e homens em todo o mundo. Como, por exemplo, a atriz e esposa de Will Smith, Jada Pinkett Smith, que preferiu raspar a cabeça por conta do problema.
A alopecia areata se estende em falhas circulares, mas também pode fazer a pessoa perder todo o cabelo e até os pelos do corpo. Vale lembrar que não se trata de uma doença contagiosa.
Como tratar?
De acordo com a dermatologista, professora e especialista no assunto, Violeta Tortelly, quanto antes o diagnóstico for feito e o tratamento iniciado, maiores são as chances de se obter bons resultados.
“O mais importante é o tratamento ocorrer o mais precocemente possível. Um recado interessante é procurar um dermatologista logo, porque depois que há a destruição do folículo, ou o afinamento do fio, a resposta é muito pior. Com o tratamento precoce, a gente consegue fazer esse fio voltar mais rápido”, explica a médica.
Marlene chora ao se olhar no espelho sem peruca em Vai na Fé — Foto: Globo
Ainda segundo a doutora Violeta Tortelly, o tratamento vai ser direcionado de acordo com a causa da alopecia.
“Hoje o Minoxidil ainda é a droga mais usada. Ele tem várias vias não só tópicas, como orais. Se é uma doença autoimune, o ideal é que a gente use alguma coisa à base de corticoide. Em casos mais irreversíveis, pode-se fazer o implante capilar ou a maquiagem capilar”, ensina ela, para continuar:
“Antes o tratamento era demorado, a resposta era pequena, era meio frustrante para o paciente. De cinco anos para cá, muita coisa mudou. Hoje temos tratamentos orais que são bem animadores, se você trata na hora certa e com o diagnóstico correto.”
Fonte: Gshow