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Marcelo Cabo diz como pretende recuperar Laranjeira e relembra passagem pelo Vasco: ‘Com certeza eu subiria’

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Depois de surgir como uma das promessas da base do Vasco, inclusive fazendo parte do elenco vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2019, o meia Laranjeira, de 23 anos, não conseguiu corresponder às expectativas em São Januário, sobretudo por conta das seguidas lesões, que o atrapalharam na carreira. No início de abril, o atleta deixou o clube carioca e foi emprestado ao Remo, que disputa a Série C do Brasileirão.

O vínculo do atleta com o Cruzmaltino é válido somente até dezembro deste ano, exatamente quando o empréstimo termina, e o meia difcilmente retornará ao clube carioca. Porém, no Leão Azul, existe a sensação de que é possível recuperar o futebol da joia.

Em entrevista exclusiva ao ESPN.com.br, o técnico do Remo Marcelo Cabo revelou que o pedido da contratação de Laranjeira foi seu, uma vez que já o comandou no Vasco, em 2021, e conhece bem o atleta. O treinador também contou que já teve uma conversa com o meia após a sua chegada.

“Eu tive a oportunidade de trabalhar com o Laranjeira no Vasco, ele chegou até a ser titular comigo em alguns jogos. É um jogador que eu enxergo muito potencial. Talvez ele tenha perdido o timing lá no Vasco por algumas razões. Foi um pedido meu para a diretoria, o meu diretor, Thiago Gasparino, já o conhecia muito bem, desde as categorias de base, é um profissional que tem um banco de dados muito vasto e a gente entendeu como uma oportunidade mercado trazer o Laranjeira, para que ele pudesse retomar o seu bom momento na carreira, nos ajudar nessa empreitada no Remo”, começou por dizer.

“Chegou muito motivado, já conversei com ele, é um jogador que precisa conquistar minutagem, já é um jogador de 23 anos, com um potencial muito grande, mas jogou muito pouco. No cenário nacional, eu posso te dar alguns exemplos de quando isso aconteceu, por exemplo, o Artur, do Palmeiras, quando foi emprestado para o Londrina, Jajá, do Cruzeiro, quando foi emprestado para o CRB. Alguns jogadores de muito potencial, às vezes, precisam sair para que conquistem um pouco de minutagem, desenvolvam o seu melhor trabalho, e aí a gente ganha um jogador que nos vem agregar muito”, complementou.

No Vasco, Laranjeira disputou somente 16 jogos, entre 2021 e 2022, e não balançou as redes, contribuindo com uma assistência. No ano passado, o meia sofreu um edema ósseo na perna direita e ficou um bom tempo longe dos gramados, retornando somente em setembro. Em janeiro de 2023, sofreu nova lesão, desta vez na coxa direita, que o fez perder parte da pré-temporada e, consequentemente, espaço com o técnico Maurício Barbieri.

Por enquanto, Laranjeira ainda não fez a sua estreia pelo Remo, que segue em busca do título do Campeonato Paraense, que não vem desde 2018, e luta pelo o acesso à Série B.


‘Com certeza eu subiria com o Vasco’

Em 2021, logo após o rebaixamento do Vasco no Brasileirão de 2020, Marcelo Cabo foi o técnico escolhido para recolocar o clube carioca na elite. O técnico, porém, acabou demitido ainda no primeiro turno da Série B, após empate por 1 a 1 com o Náutico, em São Januário, pela 12ª rodada. No final da temporada, o Cruzmaltino, que em seguida foi comandado por Lisca e Fernando Diniz, terminou a disputa em 10° na tabela, a 15 pontos do G-4, e permaneceu na segunda divisão.

E, na visão de Cabo, se tivesse permanecido por mais tempo em São Januário, teria conseguido êxito na busca pelo acesso, algo que o Vasco só conseguiu na Série B do ano passado. O treinador, porém, não guarda qualquer tipo de mágoa de sua passagem no clube carioca.

“Eu cheguei no Vasco em um momento muito difícil, uma queda para a Série B. Cheguei no Vasco numa segunda-feira, e o Vasco estreava quarta-feira no Estadual. Foi naquele período pós-pandemia, onde acumulou uma temporada de 2020, que terminou em março de 2021. A gente não teve tempo de planejar como deveria uma reconstrução de uma equipe, tinha jogadores que não sabiam se iriam ficar ou sair. Tínhamos um teto para contratar. É como se diz no futebol, a gente precisou trocar o pneu com o carro andando”, disse.

“Não tivemos pré-temporada, período para a transição de saída e chegada de jogador, e no futebol é difícil, você não faz em um, dois meses. Eu cheguei em uma segunda, 12 dias depois a gente estreava na Copa do Brasil diante da Caldense, e a gente tentou ir formando um elenco dentro dessas competições, que eram o Carioca e Copa do Brasil. A gente vai bem na Copa do Brasil, chega até às oitavas, o Estadual começou com o sub-20, quando eu peguei já estava com 0 pontos, e dentro da Série B a gente não teve um início muito bom, mas a gente se recuperou dentro da competição. Eu saio do Vasco 5° colocado, a 2 pontos do G-4. Eu acho que faltou um pouco mais de convicção no meu trabalho, um pouquinho mais de tempo. Eu tenho convicção de que, seu terminasse aquela Série B no Vasco, com certeza eu subiria com o Vasco”, prosseguiu.

“Só gratidão ao Vasco. Ter a oportunidade de trabalhar nesse gigante do futebol brasileiro, ter feito parte da história do Vasco como treinador da equipe. Todos sabiam que era um momento muito difícil, mas eu sempre respeito as escolhas. Tenho muito carinho e gratidão pelo presidente Jorge Salgado, pelo Alexandre Pássaro e todos aqueles com quem eu trabalhei no Vasco. E, principalmente, pela sua torcida, a gente sabe que a torcida quando tem bons resultados ela abraça, vai junto, mas quando não tem os bons resultados como ela pensa, ela questiona. A gratidão pelo Vasco da Gama é eterna pela oportunidade de ter trabalhado nesse gigante do futebol brasileiro”, finalizou.
Próximos jogos do Vasco

Bahia (C) – segunda-feira (01/05), 20h – Brasileirão
Fluminense (F) – sábado (06/05), 21h – Brasileirão
Coritiba (F) – quinta-feira (11/05), 19h – Brasileirão

Fonte: ESPN