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Diniz crê em Neymar e mais três pilares na Seleção

Um mês e meio depois de Fernando Diniz ser anunciado como técnico interino da seleção brasileira, se aproxima a data da primeira convocação – marcada para sexta-feira. Também treinador do Fluminense, Diniz segue com o trabalho dobrado desde o início de julho.

Com a proximidade, as apostas para saber quem estará com o treinador aumentam, mas há quatro jogadores que podem ser considerados pilares para o treinador interino neste início de trabalho: Marquinhos, Bruno Guimarães, Neymar e Vini Jr.

O recente reforço do Al-Hilal é tido como referência para os jogadores mais novos e, junto com o zagueiro do PSG, tem potencial para liderar os jovens como Vini e Bruno. O meio-campista do Newcastle, inclusive, jogou como profissional pela primeira vez no Osasco Audax em 2015 comandado por Fernando Diniz. Os dois conviveram juntos também no Athletico-PR na temporada em que ele mais atuou. Eles se reencontraram no CT tricolor recentemente, com o técnico brincando que ele tinha ficado bem de tricolor.

Como os dias continuam tendo 24 horas, naturalmente a rotina de Diniz seria afetada pelo segundo emprego que ele acumulou. A rotina mudou, mas nem tanto. Ao menos no primeiro mês de trabalho, ele não teve o dia a dia tão atribulado e dividido entre Flu e Seleção. Julho reservou ao Fluminense cinco jogos do Campeonato Brasileiro e sem partidas no meio de semana. Isso ajudou o treinador a se acostumar com a nova realidade aos poucos e poder encarar um cenário diferente em agosto, quando teve apenas uma semana sem jogo no meio – a atual.

Trabalhando no Fluminense e na CBF, Fernando Diniz mora em um hotel no Rio de Janeiro, enquanto a família fica em São Paulo. O técnico costuma fazer um bate-volta para lá nas folgas tricolores e esse momento pessoal e familiar não foi afetado até o momento.

Fernando Diniz vem acumulando dois trabalhos desde que assumiu a Seleção — Foto: André Durão

Fernando Diniz vem acumulando dois trabalhos desde que assumiu a Seleção — Foto: André Durão

Mas isso não quer dizer que Diniz tenha ficado sem trabalhar. O treinador teve participação na comissão técnica da CBF e conta com o auxiliar Eduardo Barros, seu parceiro no Fluminense, também na Seleção, além de analistas da Confederação Brasileira de Futebol na hora de montar a delegação que enfrentará Bolívia e Peru nos dias 8 e 12 de setembro, pelas duas primeiras rodadas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O duelo contra os bolivianos será no Mangueirão, em Belém do Pará, local em que Diniz já esteve quando o Flu enfrentou o Paysandu na terceira fase da Copa do Brasil.

Nesse período de conciliar as rotinas, Diniz realizou algumas idas à CBF justamente para conversar com pessoas que estarão junto dele em setembro. Desde o início, o técnico do Fluminense e da Seleção garantiu – sem dar muitos detalhes – que daria a atenção necessária para cada um dos trabalhos no momento correto e que essa divisão seria “a melhor possível”.

Fernando Diniz e o auxiliar Eduardo Barros — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Fernando Diniz e o auxiliar Eduardo Barros — Foto: Marcelo Gonçalves/Fluminense

Nas entrevistas coletivas após os jogos, a assessoria de imprensa do Fluminense pede para que os jornalistas evitem perguntas envolvendo o treinador e a Seleção após alguma partida do Tricolor. Na última entrevista coletiva, um repórter questionou, após insistir, se ele aproveitava os jogos do Flu para observar jogadores para convocá-los.

– Quando estou aqui sou treinador do Fluminense. Não fico vendo aqui para convocar para a Seleção. Para mim, nesse sentido, é fácil. Depois, quando vemos os jogos em vídeo, há outras pessoas da CBF preparadas para acompanhar os jogos, eu também assisto depois com frieza. Esse momento não tem nada a ver a gente observar jogador para convocar para a Seleção. Nesse momento é só uma disputa entre Grêmio e Fluminense e estamos focados no jogo.

As vezes que Diniz foi para o escritório da CBF na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, alternavam nas semanas entre uma, duas ou nem uma vez. Mas também já aconteceu de gente da CBF ir até o CT do Fluminense. Não é que o técnico vá abandonar alguns hábitos que ficaram conhecidos, como dar uma corrida no Parque Olímpico, até porque é uma questão de saúde, mas também será algo que terá menos tempo enquanto acumular as duas funções.

Antes do segundo jogo das oitavas de final da Libertadores, contra o Argentinos Juniors, o Espião Estatístico mostrou que os resultados do Tricolor praticamente duplicaram. Agora, somadas as partidas contra a equipe argentina e o Grêmio – na última rodada do primeiro turno do Brasileirão – foram oito jogos, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas (58,33% de aproveitamento).

Diniz divulgará os nomes escolhidos no auditório da CBF, no Rio de Janeiro, e depois concederá entrevista coletiva. O técnico de 49 anos fica no cargo até o meio de 2024, quando a Confederação Brasileira de Futebol aguarda a chegada de Carlo Ancelotti, atualmente no Real Madrid, para comandar a Seleção na Copa América. Os jogos serão nos dias 8 e 12 de setembro. O Brasileirão para nas Datas-Fifa de 2023 e o Fluminense jogará nos dias 3 e 16 do mesmo mês.

Fonte: GE